Política

Começa sessão do STF que julgará rito do impeachment

Um dos pontos da ação é a definição do poder do Senado para afastar a presidente da República do cargo. Em manifestação escrita, a Câmara argumentou que não caberia ao Senado

Começa sessão do STF que julgará rito do impeachment Começa sessão do STF que julgará rito do impeachment Começa sessão do STF que julgará rito do impeachment Começa sessão do STF que julgará rito do impeachment
Ministro Luiz Fachin é o relator da definição do rito do impeachment Foto: Divulgação

Brasília – Começou nesta quarta-feira, 16, à tarde, a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que irá julgar o rito do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. O ministro Luiz Edson Fachin fez a leitura de breve relatório da ação, proposta pelo PCdoB, que pede nova interpretação da lei do impeachment. O advogado do PCdoB fez manifestação ao plenário. Após a sustentação do partido, Câmara e Advocacia-Geral ad União (AGU) terão direito a manifestações. O Senado optou por não fazer sustentação oral.

Um dos pontos principais da ação é a definição do poder do Senado para afastar, eventualmente, a presidente da República do cargo. Em manifestação escrita, a Câmara argumentou que não caberia ao Senado revisar a decisão dos deputados sobre o impeachment no momento de instauração do processo contra a presidente. Neste caso, o afastamento seria automático após a aprovação pela Câmara. Já o governo e o Senado argumentam que a Casa tem o poder de rever a decisão da Câmara e o afastamento deveria ser submetido à maioria dos senadores.

Partidos políticos e a União Nacional dos Estudantes (UNE) terão direito a fazer manifestações também, antes do início dos votos dos ministros. Dez ministros participam da sessão até o momento. Apenas o ministro Dias Toffoli ainda não chegou ao Tribunal.

Advogados e parlamentares lotaram o plenário do Supremo. Na plateia, estão o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams; o advogado responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff, Flávio Caetano; e os deputados Wadih Damous (PT-RJ), Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), Rubens Bueno (PPS-PR), Paulinho da Força, e outros.

Fachin

O relator do caso, ministro Luiz Edson Fachin, deve descartar, em seu voto, a necessidade de defesa prévia da presidente da República antes de o pedido de impeachment ser aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

A tese é defendida pelo governo para tentar anular a decisão de Cunha de receber a denúncia de impedimento contra Dilma. Fachin também deve manter o voto secreto para a eleição da comissão especial na Câmara responsável por analisar o pedido.