Política

Comissão aprova reajuste para ministros do STF

Caso seja aprovada pelo Congresso, os integrantes da Corte passarão a receber R$ 35.919,05 por mês, um aumento de cerca de 22% sobre o valor atual

Comissão aprova reajuste para ministros do STF Comissão aprova reajuste para ministros do STF Comissão aprova reajuste para ministros do STF Comissão aprova reajuste para ministros do STF
 Pelo projeto, a nova remuneração tem validade a partir do início do ano que vem Foto: Divulgação

Brasília – A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que reajusta o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Caso seja aprovada pelo Congresso, os integrantes da Corte passarão a receber R$ 35.919,05 por mês, um aumento de cerca de 22% sobre o valor atual. Pelo projeto, a nova remuneração tem validade a partir do início do ano que vem.

A medida tem efeito cascata, uma vez que o salário dos ministros do STF é usado como teto do funcionalismo público. Só no Poder Judiciário da União, o impacto calculado pelo próprio Supremo é de R$ 646,3 milhões. Na comissão, os deputados também deram aval a um reajuste semelhante ao Procurador-Geral da República e a uma outra proposta que altera o plano de carreira dos servidores do Judiciário da União, reajustando-o de forma parcelada até 2017. Em seu parecer, o deputado Policarpo (PT-DF) alega que, considerando o maior vencimento básico das tabelas dos servidores do Judiciário, a redação incorpora os vencimentos em 56%.

Os três projetos precisam ainda passar por outras comissões na Câmara: a de Constituição e Justiça e a de Finanças e Tributação. Depois, seguirão para o Plenário e por fim para o Senado Federal.

O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que relatou o texto que trata do reajuste aos membros do Supremo, argumenta que o objetivo é enfrentar um “progressivo esvaziamento de quadros”. “Se a remuneração que lhe é atribuída não for competitiva, a tendência é se enfrentar o que já está ocorrendo, isto é, o progressivo esvaziamento de quadros e acumulação cada vez maior de processos e dificuldades nas varas e nos tribunais”, diz o peemedebista na justificativa de seu relatório.