Política

Comissão da reforma política inicia trabalhos

Comissão da reforma política inicia trabalhos Comissão da reforma política inicia trabalhos Comissão da reforma política inicia trabalhos Comissão da reforma política inicia trabalhos

Brasília – A comissão da Câmara que discute propostas de reforma política teve início nesta terça-feira, 8, com divergências até no conteúdo do plano de trabalho formulado pelo relator Vicente Cândido (PT-SP). Essa é quinta comissão criada desde 2008 na Casa destinada a mudar as regras do sistema político-eleitoral do País. O colegiado se reuniu nesta terça-feira pela primeira vez após a escolha do presidente e a indicação do relator.

Vicente Cândido apresentou um programa de trabalho onde prevê de oito a dez sessões para audiências públicas, nas cinco regiões do País, além das reuniões da comissão. O relator pretende trazer também ex-presidentes da República, de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), e ouvir entidades da sociedade civil sobre o tema. Foram pontuados dez itens de discussão, sendo que os eixos principais, como sistema eleitoral e modelo de financiamento de campanha, ficarão para depois das audiências públicas e seminários.

O relator alegou que decidiu começar com os temas onde haveria maior consenso porque os pontos estruturantes exigem mais energia, o que poderia postergar os trabalhos se eles começassem as discussões com os assuntos mais polêmicos. “Estou trabalhando em cima do que é possível”, respondeu. O petista pediu paciência aos colegas e disse que a comissão tem chances de avançar desta vez.

O relator disse esperar que os trabalhos se encerrem entre abril e maio de 2017. Na manhã desta terça, a comissão aprovou 29 requerimentos para convites a autoridades e realização das audiências públicas.

Os deputados mais experientes lembraram que a Casa já promoveu discussões sobre reforma política em 2008, 2011, 2013 e 2015. A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) chamou o plano de trabalho de “colcha de retalhos”, criticou o fatiamento do plano de trabalho e defendeu a discussão imediata dos eixos fundamentais da reforma. “Estamos repetindo erros de N comissões que não vai levar a nada.”

Marcelo Castro (PMDB-PI), que já foi relator na última comissão criada para debater a reforma política, destacou que todas as discussões anteriores na Casa foram frustradas e que agora correm o mesmo risco de “dar voltas e não se chegar a lugar algum”. O peemedebista se disse cansado de voltar ao mesmo tema e pediu para que os colegas não enganem a si próprios e a população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.