Política

Congresso dos EUA se divide sobre fala de Trump contra tratado para armas

As reações entre parlamentares no país se dividiram entre declarações como: "grande, grande erro" a "certamente, o movimento correto"

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Congresso dos EUA se divide sobre fala de Trump contra tratado para armas
Foto: Agência Brasil

Membros do Congresso dos Estados Unidos não chegaram a uma resposta comum sobre a intenção anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump de retirar os Estados Unidos do tratado de controle de armas nucleares com a Rússia. 

Trump afirma que sua intenção de deixar o acordo é uma resposta a anos de violações por parte de Moscou no desenvolvimento de armas proibidas. “Não seremos os únicos a aderir”, disse. O Kremlin afirmou que o abandono do acordo seria “um passo muito perigoso”.

A divisão também tomou conta dos aliados na Europa: O Reino Unido disse estar “absolutamente resoluto” no apoio aos EUA enquanto a Alemanha classificou o ato de Trump como “lamentável”.

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como INF, foi firmado em 1987 para proteger os EUA e aliados. Ele impede os Estados Unidos e a Rússia de possuir, produzir ou testar um míssil terrestre com alcance de 300 a 3,4 mil milhas.

O senador Rand Paul disse que Trump comete “um grande, grande erro ao sair desse acordo histórico”. Em entrevista à Fox News, ele afirmou que tanto EUA como Rússia fazem acusações ao lado oposto de violações ao acordo e pediu uma “discussão racional”.

O presidente do comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Corker, afirmou esperar que esse passo de Trump seja apenas uma manobra de negociação. À rede de TV CNN ele disse que “isso pode ser algo que precede uma tentativa de fazer a Rússia respeitar o acordo”. Corker afirmou ainda esperar que o país encontre uma forma de manter o acordo.

Já a senadora Lindsey Graham declarou apoio a Trump. “Absolutamente correto o movimento”, disse a Fox News. “Os russos estão trapaceando”, acrescentou.

Trump está enviando o secretário de Segurança Nacional, John Bolton, para Moscou para encontros com os líderes russos, incluindo o ministro de Relações Exteriores Sergei Lavrov e o secretário do Conselho de Segurança Nikolai Patrushev.

“Isso seria um passo muito perigoso”, disse o vice-ministro russo Sergei Ryabkov à agência de notícias estatal Tass neste domingo.

Um analista político independente russo, Dmitry Oreshkin, considerou que as tensões colocam de volta Estados Unidos e Rússia numa situação semelhante à da Guerra Fria. “Agora, no entanto, pode ser pior porque o presidente russo Vladimir Putin pertence a uma geração que não tem o sentimento da guerra”

A decisão de Trump pode ser ainda controversa ara aliados europeus, diz Steven Pifer, ex-embaixador na Ucrânia. “Uma vez que os Estados Unidos deixem o tratado, não há razão alguma para a Rússia sequer fazer de conta que está observando os limites”, disse. Fonte: Associated Press.