Política

Congresso mantém vetos, mas discutirá novos projetos sobre regras do Orçamento

Os vetos foram mantidos com 398 votos na Câmara - apenas dois parlamentares votaram pela derrubada. Com o resultado, votação no Senado não foi necessária

Congresso mantém vetos, mas discutirá novos projetos sobre regras do Orçamento Congresso mantém vetos, mas discutirá novos projetos sobre regras do Orçamento Congresso mantém vetos, mas discutirá novos projetos sobre regras do Orçamento Congresso mantém vetos, mas discutirá novos projetos sobre regras do Orçamento
Foto: Reprodução / Bastidores

Após um impasse com o governo, o Congresso Nacional manteve, nesta quarta-feira, 4, vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que entregaria aos parlamentares o controle sobre a destinação dos recursos das emendas parlamentares. Os vetos foram mantidos com 398 votos na Câmara – apenas dois parlamentares votaram pela derrubada (a relação de como cada um votou ainda não foi divulgada). Diante do resultado, uma votação no Senado não foi necessária.

A manutenção dos vetos representa uma vitória inicial para Bolsonaro, pois os dispositivos engessariam o governo na condução do Orçamento. O assunto, no entanto, ainda não terminou. A manutenção dos vetos é parte de um acordo feito por integrantes do governo Bolsonaro com a cúpula do Congresso. O Executivo encaminhou três projetos com novas regras para execução orçamentária neste ano, definindo como funcionará o pagamento de emendas. Essas propostas deverão ser votadas na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenário do Congresso Nacional na próxima semana.

No projeto vetado por Bolsonaro, as regras engessavam o governo e obrigavam o governo a garantir, por exemplo, o pagamento das emendas indicadas pelo relator-geral do Orçamento nos três primeiros meses do ano. As novas propostas, por outro lado, trazem mais autonomia para o governo e garantem ao Executivo o controle sobre o ritmo de liberação dos repasses. Além disso, deixa aberta a possibilidade de o governo bloquear o pagamento das emendas se não houver dinheiro suficiente em caixa.

Como o relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE) ainda poderá escolher quem receberá os recursos de suas emendas e em que ordem de prioridade, os parlamentares concordaram em manter os vetos. O Ministério da Economia divulgou nesta quarta que as emendas de relator ficarão em R$ 17,5 bilhões.