Política

Congresso tem que aproveitar "momento único de protagonismo", diz Renan

Congresso tem que aproveitar “momento único de protagonismo”, diz Renan Congresso tem que aproveitar “momento único de protagonismo”, diz Renan Congresso tem que aproveitar “momento único de protagonismo”, diz Renan Congresso tem que aproveitar “momento único de protagonismo”, diz Renan

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta segunda-feira, 1, que o Congresso tem de aproveitar o “momento único de protagonismo” para fazer a reforma político-eleitoral. Durante sessão de homenagem aos 70 anos da reinstalação da Justiça Eleitoral, com a presença de autoridades do Judiciário, Renan disse que o sistema atual é ainda “muito anacrônico e ultrapassado” e que essa é a grande oportunidade para reformá-lo.

“Se não fizermos neste momento único de protagonismo do Legislativo, outros farão”, afirmou Renan, ao destacar que o Congresso tem a obrigação de decidir qual a forma mais democrática da população de escolher seus representantes.

Na semana passada, a Câmara começou a votar os principais pontos da reforma política em discussão no Congresso. Os deputados aprovaram o fim da reeleição para cargos do Executivo e o financiamento de empresas para os partidos e manteve o sistema proporcional para eleição de cargos do Legislativo. Esses pontos – e outros que ainda vão à votação na semana que vem – terão de passar ainda pelo Senado.

Renan Calheiros defendeu uma reforma que fortaleça os partidos, conferindo a eles maior “nitidez partidária e programática”. “(É preciso) fixar uma cláusula de barreira que iniba a criação das nanolegendas e colocar fim na promiscuidade entre o público e o privado, fixando teto de doação para que o candidato não tenha dono e o eleito não tenha patrão”, afirmou.

Autor do requerimento da sessão, o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que cabe ao Congresso e não à Justiça Eleitoral enfrentar o desafio de se fazer a reforma política. “Os partidos políticos tem que ser a representação da vontade expressa da sociedade e não uma empresa, um negócio para vender tempo eleitoral, coligações, para vender caminhos alternativos para mascarar o resultado das eleições”, disse ele, ao citar que Renan Calheiros e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vão conduzir o processo da reforma.

Em seu pronunciamento, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, fez uma digressão histórica sobre a atuação da Justiça Eleitoral no país sem tratar da reforma política. Ele destacou o fato de que a Justiça Eleitoral conversa com os partidários políticos, os parlamentares eleitos e os mandatários do voto popular, “intermediários do acesso do povo ao poder”. “A Justiça eleitoral é dialógica com todos aqueles que fazem esse difícil trabalho da substituição da guerra pela política. A Justiça Eleitoral convive e sabe o árduo caminho que os parlamentares tiveram para serem eleitos e respeita o Legislativo brasileiro”, frisou.

A sessão, presidida por Renan, conta com a participação, entre ouras autoridades, do vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes, o vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Côelho.