Política

Conquistas da Lava Jato 'são boas para autoestima do brasileiro', diz Moro

Conquistas da Lava Jato ‘são boas para autoestima do brasileiro’, diz Moro Conquistas da Lava Jato ‘são boas para autoestima do brasileiro’, diz Moro Conquistas da Lava Jato ‘são boas para autoestima do brasileiro’, diz Moro Conquistas da Lava Jato ‘são boas para autoestima do brasileiro’, diz Moro

Recorrentemente cotado como potencial candidato à Presidência da República, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que ganhou notoriedade por ter sido o juiz de primeira instância da Operação Lava Jato, afirmou nesta sexta-feira, 11, em São Paulo, que as “conquistas” da força-tarefa são “boas para aumentar a autoestima do brasileiro”.

Moro deu a declaração em discurso para o Fórum de Investimentos Brasil 2019. Ele foi convidado para falar de seu trabalho no governo, voltado especialmente para o combate à criminalidade violenta e à corrupção. O ministro, não entanto, não deixou de exaltar e defender a Operação Lava Jato, que o alçou à condição de potencial candidato e o fez ser convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“A não ser que você tenha ido para outro planeta nos últimos cinco anos, a Lava Jato expôs as entranhas da corrupção, que já existia e estava espraiada”, disse. “A imprensa às vezes fala em derrotas da Lava Jato, mas na verdade as conquistas anticorrupção são da democracia. É o império do direito e isso é bom para todo mundo, para os negócios e para a autoestima dos brasileiros, que querem viver num país sem corrupção”, afirmou.

Moro lembrou que foi convidado por Bolsonaro para assumir o cargo de ministro no dia 1º de novembro, dias depois da vitória do presidente no segundo turno. “Ao assumir o cargo, o objetivo foi consolidar avanço no combate à corrupção e à insegurança”, disse. “O diagnóstico foi de que havia demanda por melhorias nesses quadros”, afirmou.

Ambiente de negócios

O ministro também comentou sobre a relação entre ambiente de negócios e segurança pública na abertura do segundo dia do fórum. “O clima de insegurança pública gera custos para empresas e prejudica o desenvolvimento de negócios”, disse Moro. O evento é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Ao argumentar sobre a ligação entre negócios e segurança pública, Moro relatou a história de uma padaria vizinha à sua residência em Curitiba, que sofreu três assaltos em um mês e precisou contratar um segurança privado para proteção. “Se isso gera custos para uma empresa pequena, imaginem para as médias e grandes”, acrescentou o ministro.

Moro disse ainda que, desde quando foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o ministério, seus objetivos à frente da pasta são consolidar avanços na política anticorrupção e melhorar o enfrentamento à criminalidade violenta e ao crime organizado. “Há uma naturalização da corrupção e da violência pela recorrência dos atos. Corrupção não ajuda previsibilidade para negócios”, afirmou Moro.