Política

Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoro

O prazo será interrompido a partir da próxima quarta-feira (23) início do recesso parlamentar e voltará a contar a partir de fevereiro, no retorno dos deputados

Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoro Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoro Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoro Conselho notifica Cunha sobre admissibilidade de processo por quebra de decoro
 Eduardo Cunha foi notificado sobre por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética Foto: Agência Brasil ​

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado às 8h37 da manhã desta quinta-feira (17) sobre a admissibilidade de seu processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. A partir desta sexta-feira (18) começa a correr o prazo de 10 dias úteis para a apresentação da defesa do peemedebista.

Esse prazo, no entanto, será interrompido a partir da próxima quarta-feira (23) início do recesso parlamentar e voltará a contar a partir de fevereiro, no retorno dos deputados.

Segundo o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), Cunha foi “muito gentil” com a funcionária da Secretaria do Conselho de Ética. Araújo defende que se houver convocação extraordinária do Congresso em janeiro, que o colegiado seja incluído nos trabalhos.

Araújo rebateu as acusações de Cunha de que o trâmite processual está repleto de falhas regimentais e de que há cerceamento de sua defesa. O peemedebista disse ontem que “obviamente” as decisões do Conselho serão anuladas.

O deputado do PSD resume o motivo da insatisfação à não concessão de vista ao voto complementar do relator Marcos Rogério (PDT-RO). Araújo afirma que se baseou em uma determinação do próprio Cunha onde, em resposta a uma questão de ordem, ele destaca que não há necessidade de pedido de vista em matérias nas quais já houve discussão e concessão de vista. “Quem manda na Casa é o Eduardo Cunha. Ele disse que era assim. Eu segui sua orientação. Se alguém errou, não fui eu”, alegou Araújo.

O recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) contra a aprovação do relatório prévio de admissibilidade do processo contra Cunha já foi encaminhado pela Mesa Diretora à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O requerimento foi distribuído ao deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), indicado pelo presidente da comissão, Arthur Lira (PP-AL), para relatar o caso.