Política

Corregedor vê risco de abuso em 'campanha paralela' de Bolsonaro

Corregedor vê risco de abuso em ‘campanha paralela’ de Bolsonaro Corregedor vê risco de abuso em ‘campanha paralela’ de Bolsonaro Corregedor vê risco de abuso em ‘campanha paralela’ de Bolsonaro Corregedor vê risco de abuso em ‘campanha paralela’ de Bolsonaro

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, viu possibilidade de “abuso de poder econômico” na “campanha paralela” realizada por empresários e pastores em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Gonçalves decidiu, no último sábado, pela admissibilidade da uma ação movida pelo PDT, que alega suspeitas de caixa 2 por meio da Casa da Pátria, um grupo que se intitula o “maior movimento civil de apoio ao presidente da República”.

“A narrativa, em tese, é passível de se amoldar à figura típica do abuso de poder econômico, sendo certo que, para a condenação, além da prova dos fatos alegados, será indispensável avaliar a gravidade da conduta, conforme balizas qualitativas e quantitativas”, declarou o corregedor.

Gonçalves deu um prazo de cinco dias para que a campanha de Bolsonaro apresente defesa no caso. O ministro-corregedor também negou a quebra de sigilos bancário e fiscal que havia sido pedida pelo PDT na ação levada ao TSE.

Como revelou o Estadão, um grupo de empresários, pastores e entidades religiosas afirmou ter criado um fundo financeiro para custear bandeiras e outros materiais alusivos à candidatura à reeleição de Bolsonaro. Um dos integrantes da Casa da Pátria chegou a falar em alcançar 3 milhões de eleitores. O Casa da Pátria não informou à reportagem os valores movimentados. Disse que tudo é feito por voluntários.

A legislação eleitoral proíbe o financiamento de campanha por pessoas jurídicas e limita o gasto individual de um cidadão para apoio espontâneo a candidatos a R$ 1.064,10.

Apoio

A iniciativa foi idealizada pelo Movimento Acorda, por meio do qual militantes de direita se posicionavam contra o “ativismo judicial” do Supremo Tribunal Federal, e tem o apoio de entidades religiosas lideradas por pastores expressivos do meio evangélico.

A proposta do grupo é planejar, criar e distribuir bandeiras que trazem nome, número de urna, slogan de campanha e foto de Bolsonaro. Um site que apresenta o movimento foi criado no fim de julho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.