Política

Corte definitivo no orçamento fica para dia 12

Corte definitivo no orçamento fica para dia 12 Corte definitivo no orçamento fica para dia 12 Corte definitivo no orçamento fica para dia 12 Corte definitivo no orçamento fica para dia 12

Brasília – O governo pretende esperar o prazo de 12 de fevereiro, preestabelecido pela lei orçamentária, para apresentar o corte definitivo no orçamento de 2016. Nesta quarta-feira, 3, duas reuniões da Junta Orçamentária foram realizadas no Palácio do Planalto quando foram examinados os recursos de cada ministério. O documento do contingenciamento ainda está em preparação, de acordo com o Planalto, sem querer informar de quanto poderia ser o corte este ano.

Nas reuniões, cada pasta indicou despesas que podem ser contingenciadas de forma a contribuir com o esforço fiscal deste ano. O objetivo é chegar a um número que proteja programas sociais e esteja em linha com a necessidade fiscal em meio à crise econômica. A junta orçamentária é formada pelos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Valdir Simão.

Mesmo com dificuldades para fechar as contas em 2016, o governo decidiu preservar do contingenciamento os orçamentos do programa Bolsa Família, do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do programa Minha Casa Minha Vida.

A presidente Dilma Rousseff tem reforçado a intenção do governo de manter os programas sociais. “Fizemos um esforço imenso para manter o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego)”, reiterou Dilma hoje em discurso durante cerimônia de entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida em Indaiatuba (SP). Ela fez esta ressalva porque, desde que foi anunciado o programa de ajuste econômico e fiscal pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, lideranças de movimentos sociais e membros do Partido dos Trabalhadores (PT) mostraram preocupação em relação à possibilidade de que estes programas sociais fossem prejudicados.

O governo tem até o dia 12 de fevereiro para apresentar o contingenciamento que será feito no orçamento deste ano para perseguir a meta de superávit primário, que é de R$ 30,5 bilhões, ou 0,5% do PIB. Valor que, depois de dois anos seguidos de déficit e com a atividade econômica em queda, especialistas acreditam ser improvável de ser alcançado.