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CPI quer Kroll em apuração sobre fortuna oculta em Luxemburgo

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Curitiba e São Paulo – A CPI da Petrobras estuda a possibilidade de colocar a empresa Kroll Associates, especializada em investigação empresarial, para apurar a existência de US$ 185 milhões ocultos em uma conta em banco em Luxemburgo, na Europa, que pertencia ao ex-deputado federal José Janene (PP-PR) – morto em 2010 – e que foi assumida pelo doleiro Alberto Youssef – peça central da Operação Lava Jato.

A existência da conta foi revelada na tarde de segunda-feira, 11, durante depoimento de Youssef a parlamentares da CPI, em Curitiba. Os deputados da comissão estão na capital paranaense entre segunda e terça-feira, 12, para ouvir 13 presos na Operação Lava.

“Todo recurso que identificarmos no exterior e que não for declarado ou não consta nos termos de acordo do Ministério Público Federal e da Polícia Federal a própria CPI vai buscar a repatriação desses valores”, afirmou o presidente da CPI, deputado Hugo Motta(PMDB-PB).

A CPI suspeita que Youssef pode ter se apropriado dessa conta em Luxemburgo após a morte do ex-líder do PP. A conta era mantida em nome da viúva de Janene, Stael Fernanda.

Em seu depoimento, o doleiro negou categoricamente ter contas não declaradas às autoridades da Lava Jato em sua delação. “As contas que eu tinha a revelar já passei para a Justiça Federal”, declarou o doleiro.

Se for comprovado que Youssef escondeu contas ou dinheiro, ele poderá perder os benefícios da delação premiada. O que ele disse na colaboração, no entanto, não perde o valor.