Política

Crivella visita hospital de campanha ao lado de Flávio Bolsonaro

Durante a visita, Crivella agradeceu o apoio do presidente da República, a quem comparou a um João Batista no deserto

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Foto: Frazão/Agência Brasil

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), visitou na tarde desta quinta-feira (10), um hospital de campanha que está sendo levantado no Riocentro, na zona oeste da cidade, para aumentar o número de leitos na cidade para o combate ao novo coronavírus. 

Recém filiado ao partido de Crivella, o senador Flávio Bolsonaro acompanhou a visita, em mais um gesto de aproximação entre o prefeito e o clã Bolsonaro.

Enquanto prefeitos e governadores têm sido críticos a postura do presidente Jair Bolsonaro frente à pandemia da covid-19, Crivella tem se aproximado cada vez mais do mandatário. Pré-candidato à reeleição no Rio, ele tenta ganhar força para a disputa eleitoral com a filiação dos filhos do presidente ao seu partido.

Durante a visita, Crivella agradeceu o apoio do presidente da República, a quem comparou a um João Batista no deserto, “clamando por esperança e fé em Deus”. Uma visita do próprio Bolsonaro ao Rio estava prevista na sexta-feira da semana passada, mas acabou cancelada.

O filho do presidente, por sua vez, defendeu o tratamento com a hidroxicloroquina, cuja eficácia contra o vírus ainda não é comprovada, mas tem sido defendida pelo presidente. “Quanto antes se inicia o tratamento com hidroxicloroquina aliada à azitromicina, maior a chance que o paciente tem de sair com vida e sem precisar ser internado”, defendeu o senador.

Durante a agenda, o prefeito do Rio anunciou ter recebido a antecipação de R$ 90 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS), a serem aplicados na área da saúde. O hospital de campanha está sendo erguido com R$ 8 milhões em apoio do governo federal e das Forças Armadas. A unidade terá 500 leitos e deve ser inaugurada ainda no mês de abril.

Nas últimas semanas Crivella tem se equilibrado entre a aliança com a família Bolsonaro e o compromisso com as medidas restritivas para evitar a proliferação do coronavírus, defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo ministro Luiz Henrique Mandetta.

O prefeito chegou a ventilar uma reabertura do comércio, mas voltou atrás. Cinco secretários do prefeito, incluindo a responsável pela Saúde, receberam diagnóstico de covid-19. Crivella fez o teste rápido da doença, que deu negativo.