Política

Cunha diz que contestará ação de senadora para garantir julgamento de contas

Cunha diz que contestará ação de senadora para garantir julgamento de contas Cunha diz que contestará ação de senadora para garantir julgamento de contas Cunha diz que contestará ação de senadora para garantir julgamento de contas Cunha diz que contestará ação de senadora para garantir julgamento de contas

Brasília – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta sexta-feira, 7, que contestará ação da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que impetrou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular o ato Câmara que permitiu colocar em votação em plenário quatro contas de presidentes da República.

Rose é presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e entendeu que a decisão dos deputados viola o texto da Constituição que dispõe competência exclusiva do Congresso – e não das duas Casas Legislativas em separado – o julgamento das contas.”Em primeiro lugar, a senadora entrou com ação na qualidade de presidente da comissão sem a aprovação prévia da comissão para isso. Em função de usar a prerrogativa de presidente solicitou e, estranhamente, obteve o patrocínio da AGU (Advocacia-Geral da União) assinando a causa”, disse Cunha em seu perfil no Twitter.

Para Cunha, como a AGU faz a advocacia institucional da Câmara, não poderia “patrocinar causa de parlamentar contra a Câmara”. “A AGU tem de explicar sobre esse assunto, pois ou faz advocacia de Estado ou defende os interesses que achar próprios”, afirmou o deputado.

A ação, apresentada na noite de quarta-feira, 5, com pedido de liminar, pretendia suspender a aprovação do requerimento de urgência referentes às contas dos ex-presidentes Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2002 e 2006). O processo foi distribuído para o ministro do STF Roberto Barroso relatar. Contudo, as quatro contas foram aprovadas pela Câmara no início da tarde quinta-feira, 6.

O atual modelo de julgamento se baseia no regimento interno do Congresso, que é da década de 1970, portanto, anterior à Constituição.

“A Câmara vai contestar a ação com tranquilidade e não usará a AGU para isso pelo comportamento equivocado de patrocinarem essa causa”, afirmou. “É muito estranho essa ação e quem a está patrocinando e a que interesse serve. Talvez o de tumultuar para que contas não sejam votadas”, disse Câmara.