Política

Cunha diz que revisão de meta fiscal mostra 'o quanto governo errou'

Cunha lembrou que governo começou com meta de superávit primário de R$ 70 bilhões e que agora vai entrar um déficit de R$ 51,5 bilhões. "Isso gera retração de investimento, insegurança"

Cunha diz que revisão de meta fiscal mostra ‘o quanto governo errou’ Cunha diz que revisão de meta fiscal mostra ‘o quanto governo errou’ Cunha diz que revisão de meta fiscal mostra ‘o quanto governo errou’ Cunha diz que revisão de meta fiscal mostra ‘o quanto governo errou’
Eduardo Cunha faz críticas ao governo federal Foto: Divulgação

Brasília – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou a nova alteração na meta fiscal anunciada pelo governo nesta terça-feira, 27, e afirmou que a mudança mostra o “quanto o governo errou”. “Isso mostra o quanto não adianta falar em CPMF porque o buraco é três CPMFs fora esse ano”, disse. “Eles perderam o sentido de que a credibilidade da economia não pode ser jogada em teste a toda hora”.

Cunha lembrou que o governo começou com uma meta de superávit primário de R$ 70 bilhões e que agora vai entrar um déficit de R$ 51,5 bilhões. “Isso gera retração de investimento, insegurança. Isso é um indicador ruim. Espero que seja o último e que se possa ter confiança nos próximos números”, afirmou. Ele voltou a afirmar que acha difícil a CPMF ser aprovada no Congresso e destacou pesquisa da CNT/MDA que mostrou que 70,5% são contra a volta da contribuição e 86,7% não estão dispostos a pagar mais impostos.

Para o deputado, o maior problema para o rombo fiscal é a queda de arrecadação. “Se continuar caindo, não tem CPMF que resolva. Por enquanto só tem aumento de tributos e é preciso ter norte para recuperar a economia. Não é a CPMF que vai fazer o Brasil crescer, trazer emprego, são medidas de conjunto macro, medidas que possam estimular investimento”, afirmou. “Se aprovar CPMF resolvesse o problema do Brasil, talvez aprovasse, mas não resolve.”

Sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU), Cunha acredita que deve passar pelo Congresso, mas o trâmite tende a ser demorado. “Com relação a DRU, nunca teve problema grave, o governo é que atrasou”, disse. “Se está no estágio que está hoje, é culpa da desarticulação do governo. Até tramitar totalmente, não vota este ano”, ponderou.

O início da votação da admissibilidade da PEC que iria ocorrer hoje foi adiado, após oposição e governo pedirem vista do relatório do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), durante reunião ordinária da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). A expectativa do governo agora é votar o admissibilidade no colegiado na próxima terça-feira, 3.