Política

Cunha vê 'vitória política' na aprovação da MP 665

Cunha vê ‘vitória política’ na aprovação da MP 665 Cunha vê ‘vitória política’ na aprovação da MP 665 Cunha vê ‘vitória política’ na aprovação da MP 665 Cunha vê ‘vitória política’ na aprovação da MP 665

Brasília – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 17, que a aprovação da Medida Provisória 665, que restringe o acesso a benefícios como seguro-desemprego e abono salarial, é uma vitória política para o governo Dilma Rousseff. Para Cunha, a vitória é simbólica por ser a primeira MP do ajuste fiscal. Ele disse que a articulação do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), foi importante para a aprovação da MP e que uma eventual derrota poderia causar uma situação de crise, afetando inclusive a percepção dos mercados.

“Na primeira medida do ajuste fiscal, se tivesse sido derrotada, seria uma situação de crise, de crise política e consequentemente para a reação dos próprios mercados, que não iam acreditar na capacidade do País de voltar a ter o equilíbrio das contas públicas”, afirmou, após o encerramento da votação da MP.

O presidente da Câmara destacou que a importância da matéria se dá pelo fato de que a maioria dos deputados ficou sensibilizada com o risco para o Brasil se uma proposta como essa fosse derrotada. Ele observou, no entanto, que o governo não está com uma base sólida e segura para enfrentar qualquer votação.

Questionado se o trabalhador tem o que comemorar após a aprovação da MP pela Câmara, Eduardo Cunha respondeu que é preciso ver o contexto. Ele disse que o governo, ao mandar o pacote fiscal ao Congresso, quer defender o controle das contas públicas para preservar a capacidade da economia de voltar a crescer e manter a renda.

“É preciso que a gente olhe isso no conjunto, que eventualmente você pode dizer que houve um ponto ou outro que está pior, mas, no conjunto, se a economia reagir, poderá ser melhor para o trabalhador. É importante analisar o contexto e não só uma ou outra medida”, afirmou.

Após dois dias analisando apenas a MP 665, o presidente da Câmara disse que será um “milagre” se a Casa conseguir analisar na próxima semana as três medidas provisórias que trancam a pauta do plenário. Entre elas está a Medida Provisória 664, que restringe o acesso ao pagamento da pensão por morte e é a segunda do pacote de ajuste fiscal editada pelo Executivo.