Política

Decisão da Justiça do Rio sobre previdência suprimiu debate, diz Cármen Lúcia

Decisão da Justiça do Rio sobre previdência suprimiu debate, diz Cármen Lúcia Decisão da Justiça do Rio sobre previdência suprimiu debate, diz Cármen Lúcia Decisão da Justiça do Rio sobre previdência suprimiu debate, diz Cármen Lúcia Decisão da Justiça do Rio sobre previdência suprimiu debate, diz Cármen Lúcia

Brasília – A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, criticou a decisão da Justiça do Rio de suspender a tramitação na Assembleia Legislativa de projeto de lei sobre a mudança da alíquota de contribuição previdenciária de servidores do Estado. Ao permitir que o projeto seja agora colocado para discussão, Cármen alegou que a decisão anterior suprimiu o debate sobre o tema, o que inviabilizou a busca para o “grave problema orçamentário” enfrentado pelo Estado.

O projeto, encaminhado pelo governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) para sanar as contas estaduais, altera a alíquota da contribuição dos servidores, propondo que, aos ativos, a contribuição passe de 14% a 16% do salário – e chegue a 30% no caso de inativos.

O desembargador Custódio Tostes, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), havia concedido na semana passada liminar em mandado de segurança impetrado pelo deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB), líder da bancada do PSDB na Alerj e presidente da Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estadual e de Fiscalização dos Tributos Estaduais da Assembleia.

A presidente do STF atendeu ao pedido do governo fluminense e suspendeu a decisão, permitindo que o projeto agora tramite na assembleia legislativa.

“A fundamentação utilizada no deferimento da medida liminar (pela Justiça do Rio) adentrou o mérito da matéria submetida à discussão dos parlamentares estaduais, representantes eleitos pela sociedade fluminense, no projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo, suprimindo a possibilidade de debate sobre a questão e seu aprimoramento no espaço institucional próprio, inviabilizando-se, assim, a busca compartilhada por solução para o grave problema orçamentário experimentado pelo Estado do Rio de Janeiro”, argumentou a ministra em sua decisão.

O despacho da ministra é do dia 10 de novembro, mas a decisão foi apenas comunicada nesta segunda-feira (14).