Política

Decisão sobre candidatura ao Planalto será tomada em abril, diz Meirelles

Decisão sobre candidatura ao Planalto será tomada em abril, diz Meirelles Decisão sobre candidatura ao Planalto será tomada em abril, diz Meirelles Decisão sobre candidatura ao Planalto será tomada em abril, diz Meirelles Decisão sobre candidatura ao Planalto será tomada em abril, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer, em entrevista à Rádio Globo de Campo Grande, na manhã desta terça-feira, 27, que considera a hipótese de ser candidato à presidência da República, mas que deve decidir apenas por volta do dia 7 de abril, prazo final para deixar seu cargo caso participe do pleito.

O ministro, contudo, não respondeu se estaria conversando com o MDB para possível filiação caso sua atual sigla, o PSD, não apoie sua candidatura. Meirelles disse ainda que pode decidir por não disputar as eleições e continuar o trabalho de recuperação da economia na Fazenda.

Sem ser questionado, Meirelles iniciou a entrevista reforçando que o País já está crescendo, embora ainda não seja sentido por todos, já que foi a “maior recessão” da história. Ele reafirmou, conforme tem feito nas últimas entrevistas, que o País deve crescer mais de 3% este ano e criar 2,5 milhões de empregos.

Ele ainda justificou a suspensão da tramitação de reforma da Previdência como uma questão de prioridade, já que, segundo ele, a situação da segurança pública no Rio de Janeiro está “dramática”, exigindo ações como a intervenção do governo federal.

Com a intervenção em curso, mudanças constitucionais, como a prevista na reforma, não podem ser discutidas. “A questão dramática do Rio de Janeiro prevaleceu sobre outras questões importantes, como a Previdência.”

O ministro ainda defendeu outras medidas fiscais que foram propostas, como a reoneração da folha de pagamento e a tributação dos fundos exclusivos. Segundo ele, a desoneração não cumpriu seu papel de aumentar a produtividade e o emprego e só serviu para aumentar o déficit público, que, completou, é uma das causas da crise. “A reoneração da folha vai ajudar na recuperação da economia, ajudando a reduzir o déficit, que tem caído, mas ainda é grande.”

Sobre a tributação dos fundos exclusivos, o ministro disse que objetivo é criar igualdade ao pagar impostos de investimento, já que hoje esses fundos têm tributação diferenciada dos abertos e, conforme Meirelles, beneficiam pessoas que têm mais recursos.

Além disso, o ministro disse que o objetivo de todas as reformas é não aumentar impostos e, que caso elas sejam aprovadas, o País poderá ter redução de tributos “daqui a uns anos”.