Política

Decreto sobre sigilo de dados corrige restrição indevida, diz Casa Civil

Decreto sobre sigilo de dados corrige restrição indevida, diz Casa Civil Decreto sobre sigilo de dados corrige restrição indevida, diz Casa Civil Decreto sobre sigilo de dados corrige restrição indevida, diz Casa Civil Decreto sobre sigilo de dados corrige restrição indevida, diz Casa Civil

A assessoria jurídica da Casa Civil afirmou nesta quinta-feira, 24, que o presidente em exercício, Hamilton Mourão, assinou o decreto ampliando o número de servidores que podem ser autorizados a classificar documentos do governo como secretos e ultrassecretos porque o decreto anterior que regulamentava a Lei de Acesso à Informação, de 2011, fazia uma restrição total e não estava de acordo com a legislação.

De acordo com a Lei de Acesso à Informação, de 2011, as autoridades que podem classificar documentos como secretos e ultrassecretos são: o presidente da República, o vice, ministros de Estados, os comandantes das Forças Armadas e chefes de missões diplomáticas e consulares que permaneçam no exterior.

Um decreto editado em 2012 proibia que outros agentes públicos fossem autorizados a fazer a classificação. O decreto assinado ontem por Mourão, por sua vez, ampliou a possibilidade para comissionados com função de direção e assessoramento superiores, chefes de autarquias, de fundações, de empresas públicas e de sociedades de economia mista.

“O decreto anterior fazia restrição indevida, este decreto assinado agora está regulamento melhor, abrindo a possibilidade, mas limitando a servidores da alta administração em obediência ao Código de Conduta da Presidência da República”, esclareceu a Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, órgão responsável por avaliar juridicamente as medidas assinadas pelo Planalto.

A assessoria admitiu ainda que, na prática, o número de servidores que podem vir a ser autorizados a classificar esses dados aumentou. Esclarecimento da Pasta divulgado mais cedo afirmava que o decreto restringia a quantidade de funcionários capazes de receber essa autorização.

A Casa Civil afirmou que cada ministério precisará editar uma portaria para regulamentar quais servidores poderão ser autorizados a fazer a classificação de sigilo. Um ministro ou um comandante militar pode escolher não estender a competência, esclareceu o órgão.

Justificativa

Ao ser questionada sobre o motivo de o decreto ter sido assinado agora, a assessoria jurídica afirmou que os dados que já receberam a classificação de sigilosos poderiam ser abertos em abril deste ano se não houvesse uma revisão. A cada quatro anos, o governo precisa revisar toda classificação de documentos ultrassecretos.

Mourão assinou o documento durante a viagem internacional do presidente Jair Bolsonaro por, ocasionalmente, estar no exercício do cargo quando o conteúdo ficou pronto, justificou a assessoria da Pasta.