Política

Delcídio sinaliza que votação do PL das desonerações deve ficar para agosto

Delcídio sinaliza que votação do PL das desonerações deve ficar para agosto Delcídio sinaliza que votação do PL das desonerações deve ficar para agosto Delcídio sinaliza que votação do PL das desonerações deve ficar para agosto Delcídio sinaliza que votação do PL das desonerações deve ficar para agosto

Brasília – O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), sinalizou que a votação do projeto de lei das desonerações pode ficar para agosto. Delcídio defendia a votação da proposta do jeito que veio da Câmara, mas diante da resistência de senadores do PMDB – inclusive o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL) – que devem propor alterações, a análise da matéria deve ficar para o próximo mês.

Questionado se o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, concorda com o calendário de votação, ele respondeu: “Não é que ele (Levy) concorda, ele compreende as dificuldades de a gente votar ainda neste mês de julho, então há uma possibilidade de trabalhar melhor o texto e reencaminhar o texto para a Câmara. Se a gente pode, em função do tempo, melhorar o texto, se isso aperfeiçoa o projeto, nós vamos fazer”.

A ideia dos senadores do PMDB é manter a economia do governo de R$ 10 bilhões por ano, mas dar tratamento igual para todos os setores. No projeto aprovado na Câmara, cinco setores receberam tratamento diferenciado (comunicação social, transportes, call center, itens da cesta básica e calçados).

Se realmente houver essa mudança, a Câmara só iria conseguir analisar de novo o projeto depois do recesso. Como a medida entra em vigor 90 dias após a sanção, ela começaria a valer somente em 2016 – ou seja, o governo não colheria os benefícios da medida neste ano, o que é considerado crucial para o ajuste fiscal.

O texto tem que passar por duas comissões da Casa – a de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Assuntos Econômicos (CAE) – e depois pelo plenário. A matéria foi distribuída para a primeira comissão, mas não tem sequer relator designado. Para encurtar o caminho, seria preciso aprovar um pedido de urgência para a proposta, o que a levaria diretamente ao plenário.