Política

Deputado do PSDB defende instalação de comissão do impeachment antes de embargos

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Brasília – Ex-líder da oposição na Câmara, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) defendeu nesta sexta-feira, 4, que a Casa aproveite a elevação da temperatura política nos últimos dias e instale a comissão especial do impeachment antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) responder os embargos declaratórios protocolados pela Câmara contra o rito do processo. O tucano ponderou, contudo, que esta proposta ainda não está consolidada entre os opositores.

Diante de suposta delação premiada do ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) divulgada ontem e da condução coercitiva do ex-presidente Lula na 24ª fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje, Araújo avaliou que já há uma “convergência” de que está aberta uma transição de governo. “O ambiente começa a apontar que chegaremos ao plenário com uma maioria qualificada para aprovar o impeachment (da presidente Dilma)”, disse.

O parlamentar alertou que a resposta aos embargos declaratórios pelo Supremo pode demorar e não é preciso esperar esse tempo. Araújo defende que a Câmara retome logo a instalação da comissão do impeachment, fazendo uma ponderação de que a oposição é contrária ao rito estabelecido pela STF. A instalação da comissão foi suspensa em dezembro do ano passado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), até que o Supremo respondesse os embargos.

“Chapa avulsa é o menos importante no momento em que há uma convergência de que há um governo de transição”, afirmou o ex-líder da oposição. O tucano observou que o que interessará de fato será a sessão plenária em que os 513 deputados votarão abertamente se são a favor ou contra a abertura do processo de impeachment da presidente, que, se deflagrado, será julgado pelo Senado. “Pouco vai valer parecer de comissão especial”, disse.

Araújo ainda avaliou como “risível” e irresponsável” o discurso do PT e do governo de que há uma ação orquestrada da Polícia Federal e Ministério Público contra membros do partido. Segundo o deputado, a “teoria da conspiração” pregada pela legenda é contraditória para a sigla e para o governo, que sempre fizeram questão de pregar o discurso de que foram os responsáveis pela autonomia da PF e MP.