São Paulo – O dinheiro vivo que ‘choveu’ na manhã desta quarta-feira, 9, em Recife, durante a Operação Pulso, da Polícia Federal, saiu da janela do apartamento do presidente da Hemobras, o economista Romulo Maciel Filho, informa a Polícia Federal. Quando os agentes cercaram o prédio maços de notas de real foram arremessados janela afora, espalhando-se pela calçada e ruas próximas.
Romulo Maciel Filho é um dos principais alvos da Operação Pulso, que combate esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), vinculada ao Ministério da Saúde. Segundo a PF, ele foi afastado do cargo.
Outro alvo da operação é o diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobras, o médico Mozart Sales, ex-ministro interino da Saúde e criador do Programa Mais Médicos – aposta do governo Dilma Rousseff para a saúde pública.
O diretor-presidente da Hemobras está sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações para beneficiar uma empresa. Foram presos dois suspeitos, Delmar Siqueira Rodrigues e Juliana Siqueira Rodrigues, sócios da empresa que dava ‘cobertura’ nos pregões eletrônicos.
A Polícia Federal informou que a Operação Pulso obteve o bloqueio de milhões de dólares em contas dos investigados em Angola, Miami, Nova York e Nassau, nas Bahamas. O dinheiro que ‘voou’ do apartamento de Romulo Maciel ainda não foi contado.