Câmara Municipal da Serra
Foto: Reprodução/Câmara Municipal da Serra

Em meio às mudanças na Câmara Municipal da Serra, onde quatro vereadores acusados de corrupção foram afastados, o presidente em exercício, Dr. Willian Miranda (União), exonerou o diretor-geral da Casa, Renan Ferreira Filho, como publicado em diário oficial do Legislativo nesta segunda-feira (3).

Em 2024, Renan atuava como assessor especial da presidência da Câmara, naquele momento ocupada por Saulinho (PDT). O parlamentar é um dos denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) que está afastado do cargo.

Para a função de diretor-geral, Dr. Willian nomeou Danilo Canceglieri Mattos, que trabalhava em seu gabinete. Ele vai executar a função a partir desta terça-feira (4).

À reportagem, o presidente em exercício disse que a Casa legislativa é grata aos serviços que foram prestados pelo Renan, descrito como um servidor altamente competente. A troca, segundo Dr. Willian, é um ato discricionário do gestor, “não tendo qualquer razão de cunho profissional e político.”

Justiça afasta quatro vereadores da Serra

A 2ª Vara Criminal da Serra aceitou a denúncia oferecida contra quatro parlamentares e dois ex-vereadores por corrupção na Câmara da Serra em setembro deste ano. A mesma decisão determinou o afastamento imediato dos réus por tempo indeterminado.

O esquema denunciado pelo MPES envolvia pagamento de propina para aprovação de um projeto de lei com emenda na Casa. Além de Saulinho, os vereadores Cleber Serrinha (MDB), Teilton Valim (PDT) e Wellington Alemão (Rede) estariam envolvidos no esquema.

Também tornaram-se réus os ex-vereadores Luiz Carlos Moreira e Aloisio Ferreira Santana

Ao analisar o pedido do MPES de afastamento cautelar dos parlamentares, o juiz explica que a medida é aplicável quando o delito praticado se relaciona à atividade funcional dos agentes.

Entendendo que os fatos narrados na denúncia “são gravíssimos e estão vinculados, de forma direta, ao exercício do cargo”, o juiz deferiu o pedido para “evitar a continuidade da utilização indevida do mandato.”

Suplentes tomam posse

Já em outubro foi determinada a posse dos suplentes de três dos quatro vereadores afastados. Thiago Peixoto (Psol), Marcelo Leal (MDB) e Willian da Elétrica (PDT) entraram na Justiça para tomarem posse do mandato. Sergio Peixoto (PDT), suplente do vereador Teilton Valim (PDT), não entrou com ação.

A Procuradoria da Câmara entrou com recurso contra a decisão judicial e conseguiu liminar para suspender a posse, mas logo a defesa dos suplentes protocolou uma petição que resultou garantiu a entrada dos três na Câmara.

Julia Camim

Editora de Política

Atuou como repórter de política em jornais do Espírito Santo e fora do Estado. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Atuou como repórter de política em jornais do Espírito Santo e fora do Estado. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.