Política

Discussão sobre antecipação do julgamento do impeachment domina comissão especial

Discussão sobre antecipação do julgamento do impeachment domina comissão especial Discussão sobre antecipação do julgamento do impeachment domina comissão especial Discussão sobre antecipação do julgamento do impeachment domina comissão especial Discussão sobre antecipação do julgamento do impeachment domina comissão especial

Brasília – A sessão da Comissão Especial do Impeachment dessa quarta-feira, 3, é dedicada à discussão do parecer do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao afastamento de Dilma Rousseff. Outro debate, entretanto, dominou o colegiado: a possível antecipação do julgamento de Dilma Rousseff.

O líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que houve uma “intervenção indevida” do presidente em exercício Michel Temer no processo. De acordo com o petista, Temer teria pressionado o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para adiantar a data de julgamento.

Ontem, após almoço com Temer, Renan se posicionou publicamente a favor da antecipação do início do julgamento para o dia 26 de agosto, com a possibilidade de sessões durante o fim de semana. Até então, o peemedebista defendia que os prazos fossem cumpridos em dias úteis.

O principal articulador do governo Temer no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), se manifestou por mais de uma vez a favor de que o processo de impeachment se encerre ainda em agosto. De acordo com ele, o presidente em exercício gostaria de participar da reunião do G20, que acontece entre 4 e 5 de setembro na China, já como presidente efetivo.

Senadores da base de Michel Temer saíram em defesa do presidente em exercício na comissão e disseram que não houve qualquer interferência. O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que a oposição tenta criar um “factoide” em torno da reunião de Temer com Renan.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que preside a última fase do processo de impeachment, divulgou nota no último fim de semana afirmando que a primeira data possível para o início do julgamento seria 29 de agosto. Após o posicionamento de Renan, senadores da oposição se reúnem nessa noite com o ministro Ricardo Lewandowski para pedir que não haja antecipação.

Discussão

Depois dos debates, os senadores deram início à discussão do parecer de Anastasia. Cada senador inscrito terá até oito minutos para debater o relatório. Em seguida, acusação e defesa terão 20 minutos cada para se manifestar.

Nessa quinta-feira, 4, acontece a votação do relatório na Comissão Especial e, depois, o texto segue para análise no plenário do Senado. Caso a maioria dos senadores aprove o parecer do tucano, haverá o julgamento final da presidente – que pode afastá-la definitivamente do cargo.