Política

Eliseu Padilha nega denúncia sobre lobby para parque eólico no RS

Eliseu Padilha negou neste fim de semana a denúncia, de que teria feito lobby para favorecer os negócios de uma multinacional que opera em suas terras no litoral gaúcho

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Foto: Divulgação

Porto Alegre – O ministro da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), negou neste fim de semana a denúncia, publicada pela revista Época, de que teria feito lobby para favorecer os negócios de uma multinacional que opera um parque eólico em suas terras no litoral gaúcho. Em entrevistas concedidas a meios de comunicação do Rio Grande do Sul – e reproduzidas nas páginas do peemedebista no Twitter e no perfil Facebook -, Padilha se defende das acusações e diz que pretende processar a publicação.

Matéria divulgada na última sexta-feira, 03, pela revista Época indica que Padilha se reuniu no dia 19 de março – já, portanto, como ministro – com o diretor de geração da Eletrobras Valter Cardeal. O objetivo seria tratar da ampliação dos negócios da estatal com a portuguesa EDP Renováveis, que mantém contrato de locação de um terreno em que Eliseu Padilha é um dos sócios, e onde a multinacional opera o parque eólico Cidreira I. A revista alega ter uma declaração de Padilha em que ele afirma que, no encontro com Cardeal, fez uma consulta sobre a “possibilidade de expansão do parque eólico”.

À imprensa gaúcha, no entanto, Padilha negou que a reunião tenha tido esta finalidade. Ele disse que o encontro com o diretor da Eletrobras se tratou de uma visita de cortesia e que não há qualquer interesse em expandir o parque eólico Cidreira I. “Eu nunca fiz lobby a favor de quem quer que seja, muito menos a favor da EDP. Uma empresa que antecedeu a EDP construiu o parque eólico em Tramandaí e nos paga arrendamento. Ponto. Nada mais. Tem pedido meu de ampliar? Não! Até porque a minha área toda está arrendada”, argumentou o ministro. Ele também ressaltou que os valores envolvidos no contrato são declarados para a Receita Federal, sem qualquer ilegalidade.

Conforme a revista Época, os negócios com a EDP, que vende a energia gerada no local para a Eletrobras, rendem cerca de R$ 1,6 milhão por ano para o ministro. Segundo Padilha, o terreno onde fica o parque Cidreira I está em nome da Gaivota Empreendimentos, empresa em que é sócio com sua mulher, Simone Camargo.