Política

Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos

Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos Em denúncia contra mulher de Cabral, MPF lista 21 fatos criminosos

Rio – O Ministério Público Federal elencou, na denúncia em que pediu a prisão da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), supostos episódios de lavagem de dinheiro que envolveriam, de um lado, o escritório Ancelmo Advogados, e, de outro, empresas de consultoria que pertencem a pessoas próximas de Cabral. Segundo os procuradores da República, por meio de contratos fictícios, a banca de advocacia chefiada por Adriana e essas consultorias lavavam dinheiro de corrupção obtido pelo bando. Ao todo, na denúncia, são relacionados 21 fatos criminosos de corrupção passiva, lavagem de ativos e pertencimento a organização criminosa.

“Consumados os delitos antecedentes de corrupção, entre 2012 e 2016, Adriana Ancelmo e Luiz Igayara, sob orientação e anuência de Sérgio Cabral, por intermédio de organização criminosa, ocultaram e dissimularam a origem, a natureza, disposição, movimentação e a propriedade de R$ 2.446.318,06, por meio da celebração de contrato de advocacia fictício entre o escritório Ancelmo Advogados, de responsabilidade de Adriana Ancelmo e a empresa Reginaves, de responsabilidade de Luiz Igayara (Lavagem de Ativos/Art. 1º, ?4º, da Lei 9.613/98 – FATO 09)”, afirma a denúncia, ao descrever um dos episódios.

A mesma Reginaves, segundo a denúncia “sob orientação de Sérgio Cabral”, assinou contrato com a GRAlc/LRG Consultoria, de Carlos Miranda, para ocultar a propriedade de R$ 300 mil reais. Outra empresa, pertencente a Carlos Bezerra, assinou contrato de consultoria com a mesma Reginaves, no valor de R$ 175 mil – para o MPF, outra tentativa do bando de lavar dinheiro.

“(…), Adriana Ancelmo e Carlos Borges, sob orientação e anuência de Sérgio Cabral, por intermédio de organização criminosa, ocultaram e dissimularam a origem, a natureza, disposição, movimentação e a propriedade de R$ 2.560.000,00, por meio da celebração de contrato de advocacia fictício entre o escritório Ancelmo Advogados, de responsabilidade de Adriana Ancelmo, e a empresa Portobello Resort, de responsabilidade de Carlos Borges (Lavagem de Ativos/Art. 1º, ?4º, da Lei 9.613/98 – FATO 12)”, insiste a denúncia.

Também a Portobello Resort celebrou contrato de consultoria, segundo o MPF fictício, com a Gralc/LRG Consultoria, de Carlos Miranda, no valor de R$ 350 mil. O objetivo, segundo os procuradores, teria sido ocultar o dinheiro e sua origem – corrupção.

A reportagem ainda não localizou advogados dos acusados para que se manifestem sobre as acusações a seus clientes.