Política

Empresa do ES investigada na Lava Jato diz que não cometeu irregularidades

A construtora confirmou que a Polícia Federal esteve em sua sede solicitando informações e documentos relacionados à possível formação de cartel

Empresa do ES investigada na Lava Jato diz que não cometeu irregularidades Empresa do ES investigada na Lava Jato diz que não cometeu irregularidades Empresa do ES investigada na Lava Jato diz que não cometeu irregularidades Empresa do ES investigada na Lava Jato diz que não cometeu irregularidades
A operação apura fraudes nas licitações da Ferrovia Norte-Sul Foto: Divulgação/Governo

Após ser citada pela Polícia Federal como um dos alvos de investigação da Operação Tabela Periódica, deflagrada na manhã desta quinta-feira (30), a empresa Pelicano Contruções, que tem sede no Espírito Santo, disse, em nota, que não cometeu qualquer tipo de irregularidade.

A construtora confirmou que a Polícia Federal esteve em sua unidade solicitando informações e documentos relacionados à possível formação de cartel para a construção das Ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste, oriunda de licitações celebradas pela Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.

Através da nota, ela esclareceu ainda que é especializada em obras ferroviárias e atua há mais de 35 anos neste segmento, sendo esse o motivo pelo qual foi convidada a participar de consórcio para a execução da Ferrovia Integração Leste-Oeste, na qualidade de consorciada minoritária, não exercendo liderança ou poder de decisão.

A Pelicano Contruções destacou que não cometeu qualquer tipo de irregularidade e que sempre prestará todas as informações necessárias, colaborando irrestritamente para a investigação.

Investigação 

A Operação Tabela Periódica, deflagrada pela Procuradoria da República em Goiás em conjunto com a Polícia Federal e com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), é mais uma etapa da operação O Recebedor – desdobramento da Lava Jato que apura fraudes nas licitações da Ferrovia Norte-Sul e ligação Leste-Oeste.

A ação tem como base um novo acordo de leniência fechado pela Camargo Corrêa, empreiteira que foi pega na Lava Jato por participar do esquema de corrupção na Petrobras e tem colaborado com as autoridades desde então.

Ao todo, um procurador da República, cerca de 200 policiais federais, 26 peritos criminais federais e 52 agentes do Cade cumprem 44 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva em Goiás e em mais oito unidades da federação. A operação foi autorizada pelo juiz substituto da 11ª Vara Federal Goiás, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Com base na colaboração da empreiteira e das investigações até agora, a suspeita é de que as fraudes teriam se iniciado, pelo menos, no ano de 2000, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, tendo durado até 2010.