Política

Equipe econômica ainda acredita em votação da MP do saneamento na próxima semana

Equipe econômica ainda acredita em votação da MP do saneamento na próxima semana Equipe econômica ainda acredita em votação da MP do saneamento na próxima semana Equipe econômica ainda acredita em votação da MP do saneamento na próxima semana Equipe econômica ainda acredita em votação da MP do saneamento na próxima semana

Apesar da líder do governo na Câmara, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ter praticamente jogado a toalha sobre a votação da Medida Provisória 868, que abre o mercado de saneamento básico no Brasil, o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, ainda acredita na possibilidade de aprovar a proposta na próxima semana, evitando que a MP caduque.

Além de Joice, o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse achar difícil que haja um consenso no plenário para a votação da medida antes que ela perca validade. O prazo limite para sua aprovação é 3 de junho. “Se a oposição obstruir para fazer a MP caducar, colocaremos um projeto de lei em regime de urgência para garantir que esse tema seja votado”, disse Faria à reportagem. “Mas isso só será necessário se houver obstrução. Vai para o voto de qualquer maneira”, acrescentou o secretário.

Faria confirmou ainda que o novo projeto de lei, caso necessário, será enviado nos moldes do substitutivo relatado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), aprovado na comissão mista da MP.

Saneamento

Mais da metade da população brasileira ainda não tem acesso a saneamento básico de qualidade. E, atualmente, 70% do mercado de fornecimento de água e esgoto estão nas mãos de empresas estaduais, 24% com empresas municipais e apenas 6% com agentes privados.

No ritmo atual, a universalização do serviço de saneamento no País só seria alcançada entre 2055 e 2060. Na avaliação da equipe econômica, como está hoje, o mercado de saneamento se tornou um subsídio dos pobres para os ricos, já que apenas as classes mais altas têm acesso a um serviço custeado pelos tributos pagos por toda a população.

De acordo com um estudo elaborado pela KPMG para a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), o custo para se universalizar o serviço no País até 2033 seria de quase R$ 800 bilhões – já considerando a depreciação de ativos no período. Nas contas do Ministério da Economia, o potencial de geração de empregos chega a 850 mil vagas no setor ao longo dos próximos 14 anos.