Política

Escolha do chefe do MP paulista será de Márcio França

Escolha do chefe do MP paulista será de Márcio França Escolha do chefe do MP paulista será de Márcio França Escolha do chefe do MP paulista será de Márcio França Escolha do chefe do MP paulista será de Márcio França

O Ministério Público de São Paulo elege no próximo dia 7 seu novo procurador-geral de Justiça. O vice-governador Márcio França (PSB) deverá escolher o chefe da instituição. França vai assumir a cadeira de Geraldo Alckmin (PSDB) no mesmo dia 7 – o tucano se desincompatibiliza no dia 6, para concorrer à Presidência.

Três candidatos concorrem ao topo da instituição. O eleito vai herdar um orçamento de R$ 2 bilhões e uma instituição que detém poderes de investigação, inclusive criminal contra deputados e secretários de Estado e contra o próprio chefe do Executivo em âmbito de improbidade.

A lista tríplice com os nomes dos eleitos pela classe deverá ser levada ao Palácio dos Bandeirantes ainda no dia 7, logo após terminada a apuração. Tem sido essa a rotina das eleições na Procuradoria de São Paulo.

A Constituição prevê que cabe ao governador a prerrogativa de indicar qualquer um da lista das eleições do Ministério Público, independentemente da colocação no pleito.

O governador tem 15 dias para fazer a escolha. Se não indicar nenhum nome, o mais votado da lista é nomeado automaticamente procurador-geral.

Segundo

Por tradição, o primeiro lugar na lista é o indicado pelo Bandeirantes. Em duas ocasiões, porém, isso não ocorreu. Em 1996, o então governador Mário Covas (PSDB) escolheu o segundo da lista, Marrey Filho, derrotado por uma diferença de 219 votos pelo rival, José Emanuel Burle Filho.

Em 2012, Alckmin também escolheu o segundo colocado, Márcio Fernando Elias Rosa, que perdeu para Felipe Locke Cavalcanti. Em 2014, Elias Rosa reelegeu-se, desta vez em primeiro lugar.

Na eleição de abril próximo, um candidato, Gianpaolo Poggio Smanio, busca a recondução. Ele ocupou o comando do Ministério Público nos últimos dois anos. Em 2016, eleito pela primeira vez, foi o escolhido de Alckmin. Na ocasião, Smanio teve 932 votos e superou seus oponentes, os procuradores Eloísa Arruda e Pedro Juliotti.

Smanio afastou-se do cargo no dia 2 para concorrer à reeleição – a Lei Orgânica permite uma recondução seguida ou mais vezes, desde que de forma alternada.

Interinamente, o posto mais alto da instituição está sob a tutela do procurador Walter Paulo Sabella, decano do Ministério Público paulista.

Valderez Deusdedit Abbud e Márcio Sérgio Christino são os outros dois candidatos na eleição de 7 de abril.

Todos os três, Smanio, Valderez e Christino, são procuradores de Justiça.

No Ministério Público paulista apenas os procuradores, que são 300, podem concorrer ao cargo máximo. Os promotores, cerca de 1800, podem votar, mas não podem disputar a Procuradoria-Geral.

A eleição transcorre em um único dia. O pleito terá início às 9h e segue até 17h do dia 7. Os promotores e os procuradores podem votar nos três nomes que disputam o cargo.

Urnas eletrônicas, cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), serão instaladas no prédio central da Procuradoria, no centro da capital paulista, e também nas sedes regionais do Ministério Público no interior do Estado.

Computador

Mas os promotores e procuradores podem votar à distância, pelo computador. A previsão é de que a maioria deles utilize este método para votar, como já ocorreu em dezembro, na eleição para o Conselho Superior do Ministério Público.

Essa facilidade do voto à distância foi introduzida por Smanio. Era uma reivindicação antiga da classe – no interior, os promotores tinham de fazer grandes deslocamentos para votar. A apuração é aberta imediatamente e o resultado conhecido em minutos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.