Política

Escolhas para comissão especial permitem fazer costura com partidos, diz Joice

Como PR e PSDB, além de outras legendas, defendem tirar do texto as mudanças no Benefício da Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural

Escolhas para comissão especial permitem fazer costura com partidos, diz Joice Escolhas para comissão especial permitem fazer costura com partidos, diz Joice Escolhas para comissão especial permitem fazer costura com partidos, diz Joice Escolhas para comissão especial permitem fazer costura com partidos, diz Joice
Foto: Divulgação

A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que a escolha de um deputado do Centrão para presidir a comissão especial da reforma da Previdência na Câmara e de um integrante do PSDB para relatar a proposta no colegiado permite fazer uma costura maior com os partidos políticos e é um “ótimo começo” para avançar no diálogo com os parlamentares.

Dar a presidência e a relatoria da comissão ao PSL, como ocorreu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), causaria reações, admitiu negativas. O deputado Marcelo Ramos (PR-AM) foi anunciado como presidente da comissão especial e Samuel Moreira (PSDB-SP) como relator.

Os nomes foram apresentados após reunião de líderes com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“São bons nomes, um do PR e outro do PSDB, o que também faz com que nós consigamos fazer uma costura com esses partidos, nós vamos precisar desses partidos”, disse a líder do governo. “É um ótimo começo, já começamos o diálogo com duas unanimidades e uma pacificação”, declarou, ao destacar que as escolhas foram um consenso.

Como PR e PSDB, além de outras legendas, defendem tirar do texto as mudanças no Benefício da Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, Joice voltou a falar que os dois itens sofrerão alterações na comissão especial e que o governo já está convencido disso.

Ela afirmou que o governo está conversando, articulando com os parlamentares e “construindo a base”. “Como a gente já avançou um pouco no debate, acho que começamos de forma mais madura na comissão especial. Na CCJ, o texto chegou e aí se começou do zero. A gente não começa do zero mais, a gente já evoluiu”, declarou, dizendo esperar um “diálogo e debate um pouco mais maduro”.

Ela ponderou, no entanto, que “ninguém controla a oposição” durante a análise da proposta. “Milagre vocês não podem pedir para o governo nem para a líder do governo.”