Política

Esperamos que revisão da meta seja mais fácil neste ano, diz Renan

Esperamos que revisão da meta seja mais fácil neste ano, diz Renan Esperamos que revisão da meta seja mais fácil neste ano, diz Renan Esperamos que revisão da meta seja mais fácil neste ano, diz Renan Esperamos que revisão da meta seja mais fácil neste ano, diz Renan

Brasília – O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta segunda-feira, 9, que espera que a votação em sessão conjunta das duas Casas Legislativas do projeto de lei que revisa a meta fiscal do governo de 2015 “seja diferente” em relação ao que ocorreu no ano passado, classificada por ele como “uma batalha”. Ele disse ter falado com a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), para agilizar a votação no colegiado da alteração da meta para que ela siga para o plenário do Congresso.

A tendência é que a votação da proposta ocorra novamente em dezembro, repetindo o que ocorreu em 2014. “O ano passado, votamos a meta em dezembro também, a redução da meta. Foi uma batalha. Esperamos que a batalha legislativa seja diferente este ano”, disse.

Questionado sobre o fato de a meta fiscal de 2015 poder chegar a um déficit de até R$ 119,9 bilhões, Renan defendeu que o orçamento “tem que ser o mais verdadeiro possível”. “Esse é um avanço institucional pelo qual verdadeiramente vamos ter que passar”, destacou.

Para o presidente do Congresso, é precisar votar as matérias que têm a ver com o orçamento para dar uma sinalização para 2016. “O orçamento deste ano foi votado em março, mas foi uma estratégia para que o Congresso verdadeiramente colaborasse. Precisamos votar este ano (o orçamento de 2016) para sinalizar fortemente com relação a 2016”, disse.

Renan citou ainda que é preciso votar o Orçamento de 2016 até o final deste ano. Do contrário, afirmou, não haverá recesso parlamentar. Segundo ele, é preciso votar todas essas matérias orçamentárias, “porque são urgentíssimas e o País espera que elas sejam apreciadas”.

Repatriação

O presidente do Senado sinalizou que a Casa poderá retomar o projeto que trata da repatriação de recursos de brasileiros no exterior não-declarados ao Fisco caso os deputados não concluam a votação da proposta. Diante da pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se negava a apreciar uma proposta do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), o governo cedeu e teve que mandar um texto de sua autoria para apreciação dos deputados.

Contudo, a contragosto da equipe econômica, o texto do governo que está na Câmara foi desfigurado. O Palácio do Planalto tentará reverter as mudanças já feitas pelos deputados em plenário e votar a proposta de repatriação esta semana.

“Estamos na expectativa de que a Câmara conclua a votação da repatriação. Se a Câmara não concluir, será o caso de conversamos com os líderes (do Senado) para darmos prosseguimento à tramitação da matéria originária”, disse.

Renan lembrou que o projeto de autoria de Randolfe Rodrigues – cujo substitutivo de autoria do líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), serviu de base para a proposta encaminhada pelo governo à Câmara no dia 10 de setembro – trancou a pauta do Senado ao fim do último semestre. Segundo ele, a Câmara fez uma exigência para que a proposta tramitasse primeiro por lá e o Senado não fez nenhuma objeção.

O presidente do Senado disse que a Casa tem votado “absolutamente tudo” o que foi mandado pelo governo. “Temos feito a nossa parte. Estamos aguardando matérias importantes que estão tramitando na Câmara, como a DRU, a repatriação de recursos, a CPMF”, exemplificou.