Política

'Estamos fazendo nosso trabalho', diz Marina sobre pesquisa

‘Estamos fazendo nosso trabalho’, diz Marina sobre pesquisa ‘Estamos fazendo nosso trabalho’, diz Marina sobre pesquisa ‘Estamos fazendo nosso trabalho’, diz Marina sobre pesquisa ‘Estamos fazendo nosso trabalho’, diz Marina sobre pesquisa

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, se mostrou contida ao comentar sobre o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira, 22. No levantamento, as intenções de voto na candidata da Rede dobram no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso na Operação Lava Jato, no caso do triplex do Guarujá.

“Nós estamos fazendo nosso trabalho. Dialogando com a sociedade. Apresentando nossas propostas, porque temos certeza que a sociedade brasileira é única que pode fazer a diferença nessas eleições”, disse, durante visita à Cooperativa Agroecológica e de Águas Limpas da região sul de São Paulo (Cooperapas), em Parelheiros.

No último Datafolha, primeiro após o registro oficial das campanhas, Lula aparece com 39% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (19%) e Marina Silva (8%). No cenário sem Lula, Marina é a mais favorecida e dobra para 16% das intenções de voto dos eleitores. Enquanto isso, o possível nome petista para a corrida diante do impedimento de Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, teve 4%.

A candidata foi incisiva ao ser questionada sobre ela ser uma forte herdeira dos votos do ex-presidente Lula. “Eu não trato os votos das pessoas como se fosse herança. O voto do cidadão é livre. E ele vai dar a quem ele achar que é melhor para o Brasil”, disse.

Marina tem defendido de forma incisiva os direitos das mulheres em sua campanha. Questionada, entretanto, rejeitou ser uma feminista. “Me considero defensora dos direitos das mulheres e contra qualquer forma de discriminação”, disse, citando mulheres, negros, índios a diferentes orientações sexuais.

Ela comentou ainda a repercussão das pesquisas Datafolha, Ibope e CNT/MDA, divulgadas esta semana, sobre o mercado financeiro e o dólar. “Eu acho que o eleitor tem que ficar muito atento para não entrar na onda de qualquer artificialismo direcionando para essa ou aquela candidatura. A democracia requer olhar para as propostas. Olhar para o programa e principalmente a coerência naquilo que se diz e naquilo que se faz”, argumentou.

Vice

Apesar do desempenho de Haddad nas últimas pesquisas, o vice na chapa de Marina, Eduardo Jorge (PV), tem afirmado que a Rede e os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Bolsonaro deverão disputar uma vaga no segundo turno, que terá o PT. Segundo Marina, as eleições estão ainda no começo. “Ela (as eleições) já indica que a sociedade brasileira quer uma mudança. Em 2014, tivemos candidaturas apresentando um rosário de propostas sem propósitos. Por isso o Brasil foi para um poço sem fundo”. Questionada sobre Haddad ser um favorito, como disse seu vice, Marina retrucou: “essas avaliações normalmente quem faz são os cientistas políticos e vocês da imprensa”.

Após a entrevista de Marina à imprensa, Eduardo Jorge, que também participou do evento, brincou: “fui promovido a cientista político”.