Política

Eunício se reúne com Maia na Câmara para discutir votação do fundo eleitoral

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Brasília – O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), se reuniu na tarde desta terça-feira, 26, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Câmara dos Deputados, para discutir a votação de um fundo eleitoral destinado a financiar campanhas em 2018. O encontro acontece depois do peemedebista promover um almoço para senadores em sua residência oficial na tentativa de conseguir consenso para que o tema seja apreciado em Plenário ainda nesta terça.

Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que participou do almoço com Eunício, a ideia é que o Senado vote a proposta ainda hoje. Uma das mudanças discutidas no texto é a redução de 50% para 30% do porcentual das emendas de bancadas destinadas ao fundo eleitoral. Com isso, o montante repassado ao fundo deixaria de ser R$ 2,2 bilhões e passaria a ser somente R$ 1,3 bilhão.

Essa alteração é uma forma de reduzir a resistência de Rodrigo Maia em relação à proposta, que havia criticado o valor previsto inicialmente para o fundo, de R$ 3,6 bilhões. No “enxugamento” do projeto, Eunício também pretende propor retirar do texto todos os artigos que não tenham relação direta com a criação do fundo. Um dos exemplos é a permissão para partidos promoverem bingos e outros tipos de sorteio como forma de arrecadar dinheiro para as campanhas.

“Eunício vai procurar Maia para coordenar as coisas porque, se a gente faz as coisas descoordenadas, não dá mais tempo. Saiu da proposta tudo que é penduricalho, como bingos eleitorais, ficou apenas o fundo eleitoral e está certo que não sairá nada de saúde e educação. A ideia é votar a proposta do fundo eleitoral hoje”, explicou.

Lindbergh afirmou ainda que está sendo debatida a possibilidade de Câmara e Senado destinarem R$ 400 milhões, cada uma, em despesas de custeio para contribuir com o fundo eleitoral. Além disso, de acordo com o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), existe negociação para que o porcentual do fundo partidário destinado às fundações seja reduzido pela metade, mas somente em anos eleitorais. “Na prática, seria uns 10% em 2018”, afirmou à reportagem. Segundo ele, essa redução pode gerar pelo menos R$ 100 milhões extras para bancar as campanhas no próximo ano.