
Em ato bolsonarista que se iniciou em Vila Velha na tarde deste 7 de setembro, o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Tagliaferro conversou pelo telefone com o senador Magno Malta (PL).
Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente vazar informações para a imprensa, colocar em dúvida a legitimidade do processo eleitoral e prejudicar as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Questionado pelo senador, presidente do PL no Espírito Santo, se o julgamento do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) no STF por tentativa de golpe de Estado é legal ou ilegal, o ex-assessor de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu:
“Ilegal, totalmente ilegal. Não é um julgamento merecido. É um julgamento falso e nós vamos lutar por isso aí, povo”.
Magno também perguntou se “os empresários do Brasil que ‘quebraram’ e foram alvo de mandados de busca e apreensão” cometeram algum crime. O ex-assessor negou: “Foi tudo falcatrua do Alexandre de Moraes na intenção de derrubar a direita. Ele queria aniquilar a direita”.
Ex-assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Tagliaferro disse também que nunca, em seu departamento, chegou denúncia contra políticos ou pessoas ligadas à esquerda. “Só da direita”.
Sobre as pessoas condenadas pelos ataques à sede dos Três Poderes, Magno disse que “elas não estavam em Brasília, estavam em suas casas”, e foram julgadas apenas devido à existência de “fotos”. Tagliaferro confirmou.