O ex-senador e ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates.
O ex-senador e ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-senador da República e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, oficializou na manhã desta segunda-feira (24) sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT), sigla à qual esteve filiado desde 2013. A decisão foi protocolada em carta entregue ao presidente nacional do partido, Edinho Silva, em Brasília.

“Sou grato pelas maiores honrarias da minha vida pública, representar o Rio Grande do Norte no Senado Federal e presidir a Petrobras, ambas confiadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela governadora (do Rio Grande do Norte) Fátima Bezerra”, afirmou em nota, onde admitiu que a saída do PT é motivada por uma redução progressiva de espaço político.

“Não levo mágoas, levo gratidão e consciência tranquila”, disse o ex-senador.

Alçado à presidência da Petrobras no início do governo Lula em 2023, Prates foi demitido pelo presidente em 2024, após conflitos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Na carta, ele informou que continuará no campo progressista, integrando “uma legenda com tradição equivalente de luta por justiça social, dignidade e soberania nacional”, mas não revelou o novo partido.

Entre os agradecimentos, Prates citou lideranças e amigos pessoais que marcaram sua passagem pelo partido, como Fernando Haddad, Aloizio Mercadante, Henrique Fontana, José Dirceu e o próprio presidente do PT, Edinho Silva.

Ele lembrou, na carta, sua atuação como líder da oposição no Senado durante o governo Bolsonaro, período em que defendeu empresas estatais, o patrimônio público e os marcos da transição energética.

O agora ex-petista recordou ainda parte de sua produção legislativa, marcada por projetos considerados estruturantes, como o Marco Legal das Ferrovias, o projeto de estabilização dos preços dos combustíveis e leis pioneiras sobre energia eólica offshore, hidrogênio, economia circular do plástico, captura e armazenamento de carbono, mobilidade urbana e biogás.