Política

Facada em Bolsonaro 'desmoralizou' proposta de armar população, diz Marina

Facada em Bolsonaro ‘desmoralizou’ proposta de armar população, diz Marina Facada em Bolsonaro ‘desmoralizou’ proposta de armar população, diz Marina Facada em Bolsonaro ‘desmoralizou’ proposta de armar população, diz Marina Facada em Bolsonaro ‘desmoralizou’ proposta de armar população, diz Marina

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta terça-feira, 11, que a facada no abdômen sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, desmoralizou sua defesa de armar a população. “A proposta de Bolsonaro não foi desmoralizada por um discurso, mas por um ato. O ato desmoralizou. Ela não funciona. (Se) não funcionou para ele, altamente protegido, por que vai funcionar para a dona de casa?”, disse a ex-ministra, em sabatina no jornal “O Globo”, no Rio.

“Graças a Deus ele não morreu, que aquela pessoa não tinha arma de fogo. Se a proposta do Bolsonaro já estivesse aprovada, arma de fogo na mão de todo mundo, o que poderia ter acontecido com ele e com as pessoas que estavam lá?”, continuou. “Foi uma demonstração concreta de que isso não funciona. Ele estava com vários policiais federais armados, PMs, tinha segurança pessoal, um contingente enorme, e isso não o protegeu de uma facada de uma pessoa que fez aquele ato inaceitável”.

Ao avaliar a liderança de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto, alavancada pela defesa do armamento, entre outros fatores, Marina afirmou: “A gente vive momento difícil na história do Brasil. Foram muitas decepções, as pessoas estão muito decepcionadas com o que fizeram o PT e o PSDB.”

Evangélica, a candidata também foi questionada pelos jornalistas sobre questões que geram polêmica junto ao eleitorado religioso, como o aborto e a descriminalização das drogas. “Sou contra a liberação das drogas e contra o aborto, mas não quero a violência e o problema da dependência química e nem que as mulheres tenham gravidez indesejada”, afirmou. “O debate não foi feito como deveria. Para esses casos, a gente tem que fazer plebiscito, entrando no mérito do que é mais eficiente”.

Marina tentou se afastar do discurso conservador vinculado aos políticos evangélicos. “Não existe nada na minha vida que ateste que sou contra o estado laico. Depois que virei cristã evangélica, as pessoas, fazendo generalizações, passaram a colocar esse tipo de dúvida em relação à minha pessoa. Agora, do ponto de vista dos valores cristãos, temos que defender o amor”.

Marina afirmou ainda que é prejudicada pelo preconceito contra a mulher, vista como “fraca”, e garantiu que é “uma das mais amadas” pelo eleitorado feminino. “Para dar o voto é mais um passo”. Ela lembrou o tempo de ministra do governo Lula e disse que sentia falta de mais mulheres no poder. Falando sobre seu projeto para a segurança pública, associou o combate à violência a melhorias na educação.