Política

Fachin mantém na prisão investigados da Operação Registro Espúrio

Fachin mantém na prisão investigados da Operação Registro Espúrio Fachin mantém na prisão investigados da Operação Registro Espúrio Fachin mantém na prisão investigados da Operação Registro Espúrio Fachin mantém na prisão investigados da Operação Registro Espúrio

Nesta quinta-feira, 21, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter presos preventivamente investigados da Operação Registro Espúrio que entraram com pedidos de liberdade. O ministro, que determinou as prisões em maio, apontou a continuidade como uma medida “necessária ao resguardo da ordem pública e a evitar a reiteração delitiva”.

Ele concordou com a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou que as provas colhidas após a primeira fase da operação reforçam os motivos da prisão.

Apenas a lobista Veruska Peixoto da Silva conseguiu uma decisão favorável de Fachin. Ao argumentar que tem filho de 10 anos, ela obteve o direito de cumprir prisão domiciliar. O motivo apontado pelo ministro é a recente decisão da Segunda Turma do STF, que concedeu um habeas corpus coletivo para presas grávidas ou mães de filhos de até 12 anos. A PGR concordou com a concessão do benefício.

Suspeita de cobrar propina do diretor de um sindicato no valor de R$ 4 milhões para liberar o registro sindical, Veruska terá de usar monitoramento eletrônico e ficou proibida de manter contato com outros investigados na operação, entrar na internet e exercer função pública.

Os pedidos negados por Fachin partiram do ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho Leonardo José Arantes, do ex-diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) Rogério Papalardo Arantes, do ex-secretário de Relações do Trabalho Carlos Cavalcante Lacerda e da ex-chefe da divisão de Registro Sindical no MTE Renata Frias Pimentel.

Suspensão

O Ministério do Trabalho suspendeu por 90 dias a emissão de 187 certidões sindicais para apurar possíveis irregularidades após a deflagração da Registro Espúrio. A operação investiga uma organização criminosa que teria praticado corrupção e fraudes em registros sindicais, envolvendo funcionários do Ministério do Trabalho, políticos, sindicalistas, lobistas e advogados.

A relação dos processos suspensos foi publicada nesta quinta-feira, 21, em portaria no Diário Oficial da União (DOU). A determinação não afeta certidões concedidas com base em decisões judiciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.