Política

Falta de consenso deve adiar votação de lei de governança dos fundos de pensão

Falta de consenso deve adiar votação de lei de governança dos fundos de pensão Falta de consenso deve adiar votação de lei de governança dos fundos de pensão Falta de consenso deve adiar votação de lei de governança dos fundos de pensão Falta de consenso deve adiar votação de lei de governança dos fundos de pensão

Brasília – Sem consenso entre o governo Michel Temer e líderes da base aliada, a Câmara dos Deputados deve adiar para quarta-feira, 15, a votação do texto do projeto de lei de governança dos fundos de pensão. De acordo com o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), a principal divergência se dá em relação à paridade na composição dos conselhos desses fundos.

Segundo Moura, o governo defende a divisão 2-2-2 entre conselheiros representantes dos trabalhadores, da empresa e independentes. A relação consta no texto aprovado no Senado. Relator da CPI dos Fundos de Pensão na Câmara, o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), por sua vez, está defendendo que essa relação seja mantida em 3-3 entre indicados pela empresa e eleitos pelos trabalhadores, sem os independentes.

Souza ficou de conversar com o relator da matéria na Câmara, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), para tentar chegar a um acordo. “Estamos muito próximos de um texto de consenso. Provavelmente até o fim do dia teremos o texto pronto”, afirmou.

Caso o consenso seja alcançado a tempo, o líder não descarta tentar incluir o projeto na pauta para votação em plenário ainda nesta terça-feira, 14. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que o governo está disposto ao diálogo com Sérgio Souza e outros líderes que defendem a relação 3-3, com a exclusão da previsão de conselheiros independentes.

“O governo é a favor da relação 2-2-2, o que não significa que é uma proposta fechada. Estamos dispostos ao diálogo”, afirmou Geddel, após reunião com os líderes da base para tratar do assunto.

Na segunda-feira, 13, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) divulgou nota criticando alguns pontos projeto, entre eles, a previsão de conselheiros independentes. Para a entidade, essa exigência diminui a representação dos participantes e assistidos nos órgãos de governança dos fundos e desconhece que a atual base legal e normativa já requer um alto grau de preparo e qualificação técnica desse integrante.