Política

Fatiamento não favorece Cunha, diz Renan Calheiros

Renan negou que tenha havido uma articulação. Segundo ele, o fatiamento foi discutido durante o afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992

Fatiamento não favorece Cunha, diz Renan Calheiros Fatiamento não favorece Cunha, diz Renan Calheiros Fatiamento não favorece Cunha, diz Renan Calheiros Fatiamento não favorece Cunha, diz Renan Calheiros
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) Foto: Agência Brasil

Hangzhou, China – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse no sábado (3) que seria uma punição “desproporcional” suspender o direito de Dilma Rousseff de exercer função pública após a aprovação do impeachment. Segundo ele, a decisão de poupar a ex-presidente não criará precedente favorável ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nem para o ex-senador Delcídio do Amaral.

“Era desproporcional afastar e punir”, disse Renan em entrevista na China, onde acompanha o presidente Michel Temer, que participa da reunião do G-20. Anteontem, Delcídio recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a restauração do direito com base no impeachment de Dilma.

Renan negou que tenha havido uma articulação. Segundo ele, o fatiamento foi discutido durante o afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Na época, o caso chegou ao STF , em um julgamento que terminou empatado.

O presidente do Senado disse que será inevitável que o Supremo reveja os aspectos de procedimentos do processo que levou ao afastamento de Dilma do cargo e à manutenção do direito de exercer função pública. “Há uma judicialização da política”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.