Política

General exalta golpe de 1964 em palestra do Clube Militar

General exalta golpe de 1964 em palestra do Clube Militar General exalta golpe de 1964 em palestra do Clube Militar General exalta golpe de 1964 em palestra do Clube Militar General exalta golpe de 1964 em palestra do Clube Militar

Rio – Em palestra no lançamento da “Campanha pela Moralidade Nacional” do Clube Militar, o presidente da entidade, general da reserva Gilberto Pimentel, atacou nesta quinta-feira, 19, o governo federal. Ele citou o que definiu como “quadro crítico que vive a nação” e exaltou o golpe de 1964, que chamou de “revolução democrática” e “um dos momentos memoráveis” em que o Clube esteve presente na história do País. Procurou, porém, dissociar a iniciativa dos pedidos de impeachment da presidente, proposta defendida por parte dos manifestantes que foram às ruas no último domingo.

“Essa campanha não tem nada a ver com impeachment. O clube é absolutamente contra intervenção. Somos a favor de soluções previstas na Constituição”, disse o general. Indagado sobre a defesa que havia feito do golpe, declarou: “Fui absolutamente a favor e participei da revolução democrática de 1964. Mas ali a sociedade pediu a intervenção das Forças Armadas, foi muito diferente do que acontece hoje. A mídia pediu.”

Sobre torturas e assassinatos ocorridos no período ditatorial, não quis falar. “Não discuto isso. Digo que os políticos devem ter juízo para evitar que o País entre em um caos e alguém tenha que tomar conta. Em 1964, os jornais e a sociedade pediam a intervenção das Forças Armadas. Isso não ocorre hoje. Hoje, temos um governo que não está agradando, mas está dentro da lei.”

O único palestrante convidado foi o empresário James Akel, que se referiu à presidente Dilma Rousseff como “guerrilheira” e afirmou que teria “dado um chute” nela no último debate antes da eleição de 2014. Foi aplaudido pelas cerca de 50 pessoas no Salão Nobre do Clube Militar.

O palestrante também afirmou que “impeachment não é golpismo”. Indagado sobre a fala do convidado, o general disse que “hoje ainda não estão reunidas as condições para se chegar a isso”.

Segundo Pimentel, o objetivo da campanha é reunir até abril artigos para debater caminhos “na busca da ética”, a partir da constatação de “distorções” como “corrupção em todos os níveis”, “os direitos das minorias prevalecendo sobre os da maioria e “imposição do politicamente correto”. Os textos serão publicados no site do clube.