Política

Governo de SC diz que negocia cálculo da dívida se houver desconto no saldo

Governo de SC diz que negocia cálculo da dívida se houver desconto no saldo Governo de SC diz que negocia cálculo da dívida se houver desconto no saldo Governo de SC diz que negocia cálculo da dívida se houver desconto no saldo Governo de SC diz que negocia cálculo da dívida se houver desconto no saldo

Brasília – O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, afirmou nesta quinta-feira, 3, que o Estado aceita abrir mão do pleito que envolve o cálculo da dívida com a União se o governo conceder um desconto no saldo total do débito. “Se houver um processo de evolução, nenhum governador vai se negar a colaborar”, disse, após reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Um ano depois de o Congresso aprovar uma lei que muda o indexador da dívida dos Estados e municípios, beneficiando os governos regionais, o Palácio do Planalto editou um decreto no fim do ano passado para regulamentar a legislação. Nele, para o recálculo das dívidas, é definida a utilização da Selic capitalizada – juros sobre juros.

Por discordar da decisão, Santa Catarina não assinou o contrato e acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer o cálculo do débito por juros simples. Hoje, Colombo afirmou que vai lutar por esse direito do Estado, mas ponderou que aceita negociar com a União a possibilidade do uso de juros compostos, desde que haja um desconto no saldo da dívida.

“Evidentemente que não é do nosso interesse criar um impasse, criar um complicador na economia nacional. Se nós construirmos um entendimento, é melhor para todo mundo”, afirmou. Em 1998, o governo de Santa Catarina fez um empréstimo de R$ 4 bilhões. Desde então, pagou R$ 13 bilhões à União, ainda restando um montante de R$ 9 bilhões a serem pagos.

Segundo o governador, Barbosa não indicou se pode aceitar a proposta, se limitando a dizer que o governo vai estudar as possibilidades. Amanhã, governadores de todo o País chegam a Brasília para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. O debate da dívida será um dos principais temas do encontro.

Colombo ponderou que ainda não há uma proposta fechada de todos os Estados para equacionar a questão. No Congresso, um projeto que preocupa o governo suspende o artigo do decreto presidencial que trata do cálculo do indexador das dívidas. A proposta, de autoria do deputado Esperidião Amin (PP-SC), segundo cálculos do Ministério da Fazenda, poderia reduzir em R$ 300 bilhões no valor total que a União tem a receber dos Estados, hoje em R$ 463 bilhões.