Política

Governo não quer deixar MP 664 caducar, diz Temer

Governo não quer deixar MP 664 caducar, diz Temer Governo não quer deixar MP 664 caducar, diz Temer Governo não quer deixar MP 664 caducar, diz Temer Governo não quer deixar MP 664 caducar, diz Temer

Brasília – Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer negou nesta segunda-feira, 25, que o governo queira deixar caducar a MP 664, que altera as regras de benefícios previdenciários.

As áreas política e econômica do governo federal entraram em divergência em relação ao destino da Medida Provisória 664, que tornou mais difícil o pagamento de pensões por morte e auxílio-doença – o governo pretendia obter uma receita de R$ 2 bilhões com a medida, mas as exigências acabaram afrouxadas pelos deputados.

Para piorar o cenário, a Câmara incluiu na MP uma emenda que flexibilizou o fator previdenciário, algo que, de acordo com contas do próprio governo, deve gerar um gasto de R$ 40 bilhões na próxima década. Diante de um custo-benefício pouco favorável, a MP 664 deixou de ser prioridade.

“Não é o que o governo pensa (deixar caducar a MP 664), o governo quer levar até o final (o ajuste fiscal). Inclusive a (medida provisória) 664”, assegurou Temer.

Questionado sobre se a perda de validade da MP 664 seria uma forma de eliminar o desgaste da presidente Dilma Rousseff com o eventual veto à flexibilização do fator previdenciário, o vice-presidente respondeu que a “presidente tem suficiente estatura para dizer se vai vetar ou não, embora esse tema não esteja na pauta”.

Contingenciamento

Para o vice-presidente, o contingenciamento de R$ 69,9 bilhões anunciado pelo governo na última sexta-feira, 22, foi o “suficiente” e “necessário”. Temer negou qualquer mal-estar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que defendia um corte maior, da ordem de R$ 78 bilhões.