Política

Governo não teme CPI da Petrobras, garante Berzoini

Governo não teme CPI da Petrobras, garante Berzoini Governo não teme CPI da Petrobras, garante Berzoini Governo não teme CPI da Petrobras, garante Berzoini Governo não teme CPI da Petrobras, garante Berzoini

Brasília – O ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, disse na manhã desta quarta-feira, 30, que “não há temor” do governo em relação à instalação da CPI para investigar Petrobras. “A CPI é sempre uma comissão política e, em ano eleitoral, é muito mais. Esperamos que não haja isso. Mas não seremos inocentes em achar que a CPI vai investigar desconectada do cenário eleitoral”, comentou o ministro Berzoini, em encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, após justificar que a intenção da oposição é usar a CPI como palco de disputa política para “denuncismo”, uma vez que os pré-candidatos não possuem ainda sequer propostas a serem apresentadas.

Berzoini reiterou o discurso do governo, afirmando que já estão sendo realizadas investigações pela Polícia Federal, Justiça Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União e Ministério Público. E estes, emendou, “são muito menos sujeitos à manipulação política do que uma CPI”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu para a semana que vem a instalação da CPI exclusiva do Senado, assim como a mista. “Vamos respeitar os encaminhamentos do Parlamento, respeitar as decisões do presidente Renan, respeitar as decisões do conjunto das Casas e trabalhar com esta realidade. Nós achamos que uma CPI hoje pode ser conduzida com responsabilidade, se os partidos indicarem pessoas que vão se comprometer com uma investigação séria e evitar cenários que possam até prejudicar a imagem da política como um todo”, comentou.

O ministro Ricardo Berzoini reconheceu que o governo era contra a instalação da CPI. “Éramos contra no início porque ela tem uma tendência a ser uma disputa política e não um instrumento de investigação”, explicou. Para ele, “a oposição está fazendo um movimento legítimo de tentar preencher o espaço político com este assunto”, exatamente porque sequer os candidatos oposicionistas têm propostas para serem apresentadas até agora. “Então, esta é uma forma de se preencher o espaço político, que é com o tão conhecido denuncismo, que não é novidade”, acrescentou.