Política

Governo nunca se meteu na história da PEC da Bengala, diz Temer

Governo nunca se meteu na história da PEC da Bengala, diz Temer Governo nunca se meteu na história da PEC da Bengala, diz Temer Governo nunca se meteu na história da PEC da Bengala, diz Temer Governo nunca se meteu na história da PEC da Bengala, diz Temer

Brasília – O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), minimizou nesta quinta-feira, 7, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que elevou de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória no Judiciário. Conhecida como PEC da Bengala, a proposta foi à promulgação após ser aprovada no plenário da Câmara anteontem. Na prática, ela retira o direito da presidente Dilma Rousseff de indicar até cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) até o final do seu mandato, em 2018. No período, a presidente poderia indicar substitutos para os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber.

“De vez em quando, dizem que o governo perdeu. Vejo dizer que a presidente, o ministro perdeu poder. Não mesmo. O governo não perdeu nada, o governo nunca se meteu na história da PEC da Bengala”, afirmou Temer após participar de um evento do partido em Brasília. “Simplesmente, o fato de não nomear ministro? Isso é uma pauta do Congresso Nacional. Quando eu era presidente da Câmara, coloquei para votar três vezes a PEC da Bengala. Não vejo como o Executivo pode ter perdido poder se nunca interferiu nisso”, emendou.

A votação da PEC da Bengala teve como principal articulador o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A discussão da proposta ocorreu no momento em que a Casa estava prestes a iniciar o processo de votação da Medida Provisória 665, a primeira das duas MPs do ajuste fiscal. Cunha aproveitou o quórum elevado da sessão, na ocasião, e colocou em votação a PEC.

MP 665

Ao falar da votação da MP 665, Michel Temer comemorou a aprovação da matéria no plenário da Câmara. “Vi positivamente a aprovação da medida provisória. Sinal que o Congresso Nacional compreendeu as necessidades do País, porque essa não é uma questão de governo é uma questão de Estado, do Pais. E o Congresso teve essa sensibilidade e aprovou o primeiro projeto do ajuste fiscal” afirmou Temer ao chegar em um evento realizado em Brasília por integrantes da legenda.

Temer não quis comentar sobre a posição da bancada do PDT que votou majoritariamente contra a proposta. “Não há cogitação nenhuma a respeito disso agora. Isso a presidente Dilma vai examinar depois”, disse.

Ele comemorou, porém, a adesão de parte da bancada do DEM. De um total de 22 deputados, 8 dos opositores contribuíram com votos à favor da medida provisória. “Foi uma surpresa agradável. Como disse há pouco, essa não é uma questão de governo, mas uma questão de Estado e alguns companheiros do DEM compreenderam ser importante para o Brasil que haja um ajuste, acho que eles votaram pautados por essa ideia”, afirmou Temer, que esteve reunido com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta quinta-feira, quando fizeram um balanço sobre a votação de ontem.