Política

Haddad diz que bolsonarismo faz 'uso oportunista' de tiroteio em Paraisópolis

Durante agenda na manhã de segunda-feira, Tarcísio e sua equipe foram surpreendidos por trocas de tiros na comunidade

Haddad diz que bolsonarismo faz ‘uso oportunista’ de tiroteio em Paraisópolis Haddad diz que bolsonarismo faz ‘uso oportunista’ de tiroteio em Paraisópolis Haddad diz que bolsonarismo faz ‘uso oportunista’ de tiroteio em Paraisópolis Haddad diz que bolsonarismo faz ‘uso oportunista’ de tiroteio em Paraisópolis
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse que vê com “muita preocupação” o uso político do tiroteio em Paraisópolis pelas campanhas de seu adversário, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

“Acho que o bolsonarismo está fazendo um uso oportunista. O fato de já levar para a TV, já mudar na Wikipedia o currículo do Tarcísio, já torná-lo vítima de um atentado político revela uma pressa que causa certa apreensão”, afirma o candidato, durante entrevista no programa Roda Vida, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (17).

Durante agenda na manhã de segunda-feira, Tarcísio e sua equipe foram surpreendidos por trocas de tiros na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Um homem morreu. O próprio candidato negou a possibilidade de atentado. 

No entanto, Bolsonaro abriu o horário de propaganda eleitoral mencionando o ocorrido. O narrador da inserção afirma que o candidato foi “atacado por criminosos” no local. 

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Para Haddad, esse tipo de atitude busca gerar uma “oportunidade para tentar ganhar algum dividendo eleitoral”. O petista, ex-ministro da Educação e ex-prefeito da capital paulista, disse ainda que o episódio põe em risco a vida dos candidatos. 

“Quando estimula esse tipo de compreensão da realidade, […], coloca em risco a integridade dos candidatos.” Haddad participou sozinho do Roda Viva, já que Tarcísio cancelou na semana passada a ida ao programa.

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Centrão

Haddad diz não querer partidos do Centrão no seu governo, caso seja eleito. Para o petista, é preciso “isolar o campo fisiológico da política”. 

“É muito melhor negociar com democratas conservadores e mais à direita em torno de um projeto que republicanize o País, que combate a desigualdade social, que fortaleça as instituições, do que deixar esse pessoal que participou de todos os governos voltar a participar como se nada tivesse acontecido”, defendeu.