Política

Hartung encontra Dilma para discutir fundo de recuperação do Rio Doce

A intenção de Hartung e Pimentel é a criação de um fundo que não fique submetido a nenhuma prefeitura. A proposta é de aplicação direta nas áreas atingidas pelo desastre

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Paulo Hartung viajará a Brasília Foto: Divulgação/Governo

O governador do Espírito Santo Paulo Hartung (PMDB) viaja, na próxima segunda-feira (18), a Brasília para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT) e com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). O objetivo é discutir a implantação de um fundo para ressarcimento de danos ambientais e sociais causados ao Rio Doce após o rompimento de barreira com rejeitos de minério da Samarco, em novembro de 2015.

A intenção de Hartung e Pimentel é a criação de um fundo que não fique submetido a nenhuma prefeitura. A proposta é que a aplicação seja feita diretamente nas áreas atingidas pelo desastre. Os governadores buscam respaldo jurídico para a criação do fundo.

O Governo do Estado espera que os R$ 2 bilhões que a Samarco terá que depositar judicialmente sejam destinados ao fundo, que pode ser criado após a empresa apresentar um plano de recuperação socioambietal e socioeconômico.

Na última quarta-feira (13), a Polícia Federal indiciou a Samarco, a Vale, a VogBr e mais sete executivos por crime ambiental provocado pelo rompimento da barragem. O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, além do responsável pelo monitoramento de represas da mineradora e gerentes da área estão entre os indiciados.

Desde a apresentação do projeto para criação do fundo, em novembro de 2015, a presidente Dilma Rousseff disse apoiar a iniciativa. “Hartung apresentou um projeto oportuno e estruturante para a recuperação da Bacia do Rio Doce, lembrando que esse rio é a fonte da vida e merece ser recuperado”, disse.

Somente na última terça-feira (12) a Samarco entregou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) o plano de emergência em caso de rompimento das barragens de Germano e Santarém, em Mariana. Conforme previsto em ação movida pelo Ministério Público Estadual o plano deveria ter sido entregue na segunda-feira (11). A multa diária pelo atraso é de R$ 1 milhão. A mineradora ainda apresentou à Justiça uma petição tentando justificar o atraso.

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