Política

Jucá diz que MDB está preparado para 'sair sozinho' na eleição

Jucá diz que MDB está preparado para ‘sair sozinho’ na eleição Jucá diz que MDB está preparado para ‘sair sozinho’ na eleição Jucá diz que MDB está preparado para ‘sair sozinho’ na eleição Jucá diz que MDB está preparado para ‘sair sozinho’ na eleição

O presidente do MDB, Romero Jucá (RR), disse nesta sexta-feira, 20, que o partido está preparado para “sair sozinho” na campanha ao Palácio do Planalto. O senador tentou minimizar o apoio do Centrão ao presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, sob o argumento de que essa adesão já era esperada, e reafirmou a candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB.

“A posição do Centrão não muda nada para nós. Temos tempo de TV suficiente no horário eleitoral e capilaridade nos Estados. Estamos preparados para sair sozinhos e não vejo qualquer problema nisso”, argumentou Jucá. Embora Meirelles não tenha conseguido fechar qualquer aliança até agora, o presidente do MDB negou que ele esteja isolado na campanha. “Está todo mundo conversando com todo mundo. Até o fim do mês muita água pode rolar.”

O bloco formado por DEM, PP, Solidariedade e PRB, conhecido como Centrão, decidiu apoiar Alckmin nesta quinta-feira, 19. A reviravolta de última hora ocorreu depois que o PR – chefiado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no processo do mensalão – se juntou ao grupo. Até então, a tendência do bloco era apoiar o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.

“É natural o apoio desse grupo a Alckmin. Ir para o Ciro é que não seria natural”, afirmou Jucá, em referência à divergência ideológica entre o Centrão e o pré-candidato do PDT. Pelo acordo, o vice “arranjado” para o tucano seria o empresário Josué Gomes da Silva, filiado ao PR e filho do vice-presidente José Alencar, morto em 2011.

Antes de o Centrão recuar no apoio a Ciro para fechar com Alckmin, Meirelles tentou atrair legendas do bloco para sua campanha. Chegou mesmo a oferecer a vaga de vice na chapa ao empresário Flávio Rocha, filiado ao PRB, que desistiu de ser candidato ao Planalto.

Em outra frente, o governo também ameaçou tirar cargos de quem se unisse a Ciro, que chamou o presidente Michel Temer de “quadrilheiro” e “ladrão”. O PP, por exemplo, comanda os ministérios da Saúde, Cidades e Agricultura. O bloco não fechou com o pedetista, mas também não quis ficar com Meirelles, que tem 1% das intenções de voto.

Jucá vai intensificar as articulações pró-Meirelles e desembarcará em Brasília, nos próximos dias, para pedir apoio ao pré-candidato do MDB. Pelas contas do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha – que também é vice-presidente do MDB -, Meirelles já tem maioria para vencer a convenção do partido, marcada para 2 de agosto.

O “mapa” de Padilha mostra que o ex-titular da Fazenda já conta com 443 dos 629 votos dos convencionais. Mesmo assim, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que lidera a oposição a Meirelles no MDB, está tentando derrubar a candidatura do ex-ministro, com o objetivo de deixar o partido “livre” para arranjos regionais.