Política

Juíza revoga bloqueio de bens de Alckmin em ação sobre campanha de 2014

Juíza revoga bloqueio de bens de Alckmin em ação sobre campanha de 2014 Juíza revoga bloqueio de bens de Alckmin em ação sobre campanha de 2014 Juíza revoga bloqueio de bens de Alckmin em ação sobre campanha de 2014 Juíza revoga bloqueio de bens de Alckmin em ação sobre campanha de 2014

O juízo da 13ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo revogou o bloqueio de bens do ex-governador Geraldo Alckmin, medida que foi decretada no âmbito de ação de improbidade administrativa contra o ex-tucano, seu ex-tesoureiro de campanha Marcos Monteiro, a Odebrecht, e quatro ex-executivos da empreiteira no caso que envolve supostos pagamentos de $ 7,8 milhões para sua campanha à reeleição em 2014.

A avaliação da Justiça foi a de que ‘os requisitos para concessão da ordem de indisponibilidade de bens foram alterados’ com a nova lei de improbidade administrativa. Segundo o despacho, estão ausentes ‘os requisitos ensejadores da medida restritiva do patrimônio’.

“Não basta mais, portanto, a alegação genérica de perigo ao resultado útil do processo, sendo necessária a demonstração de fatos concretos que evidenciem que o investigado está tentando ocultar, desviar ou dilapidar seus bens com vista a frustrar eventual execução futura do suposto dano ao patrimônio público ou enriquecimento ilícito”, registrou despacho, publicado no Diário de Justiça do Estado nesta terça-feira, 21.

Segundo o documento, sem a demonstração de ‘plausibilidade do pedido e do fundado receio (e não mera suposição) de alienação, dilapidação ou oneração dos bens do investigado ou do acionado’, é vedada a manutenção ordem de indisponibilidade de bens.

O bloqueio foi decretado em abril de 2019, pelo juiz federal Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, no valor de R$ 39,7 milhões, atingindo todos os investigados. Na ocasião, o magistrado recebeu ação de improbidade impetrada pela Promotoria do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo.

Quando a ação foi oferecida à Justiça, em setembro de 2018, o promotor Ricardo Manuel Castro apontou nove supostas entregas de dinheiro em hotéis de São Paulo para a campanha do tucano em 2014.