Política

Justiça revoga prisão temporária de sócios da Arxo

Justiça revoga prisão temporária de sócios da Arxo Justiça revoga prisão temporária de sócios da Arxo Justiça revoga prisão temporária de sócios da Arxo Justiça revoga prisão temporária de sócios da Arxo

São Paulo – A Justiça Federal no Paraná, base da Operação Lava Jato, revogou nesta segunda feira, 9, a prisão temporária de três alvos da investigação, os empresários Gilson João Pereira, Sergio Ambrósio Maçaneiro e João Gualberto Pereira, sócios da Arxo Industrial, empresa que, segundo os investigadores, teria repassado propinas para agentes da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Mas a Justiça impôs restrições aos investigados – por exemplo, não podem manter contatos com uma ex-funcionária do setor financeiro da empresa que delatou “pagamentos suspeitos”; eles também não podem deixar o País, nem mudar de endereço sem comunicação prévia à Justiça.

Gilson Pereira e Maçaneiro foram presos temporariamente pela Polícia Federal na última quinta feira, 5, quando foi deflagrada a Operação My Way, nona fase da Lava Jato. Gualberto Pereira entregou-se na sexta feira, 6. Nos endereços dos alvos da My Way a PF apreendeu mais de R$ 3,1 milhões em dinheiro vivo.

O prazo da prisão temporária vence nesta segunda feira, 9, para Gilson João Pereira e Sergio Ambrósio Maçaneiro. Quanto a João Gualberto a prisão temporária venceria na terça feira, dia 10. A Justiça Federal informou que os três já foram ouvidos pela PF que não representou pela prorrogação da medida.

“Esgotadas as diligências de busca e apreensão e colheita de depoimentos, não há mais necessidade da prisão temporária”, destacou o juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato e mandou expedir alvará de soltura para os três investigados. “Não havendo representação por prisão preventiva, sequer necessário analisar o cabimento da medida, afigurando-se, aparentemente, oportuno aprofundar as investigações. Assim, revogo, pelo prazo remanescente, as prisões temporárias.”

O juiz impôs aos investigados medidas cautelares “por serem relevantes e pertinentes para o bom andamento do processo” e prevenir “contatos indevidos” com a ex-funcionária Cintia Provesi Francisco, do setor financeiro da Arxo, que denunciou “pagamentos suspeitos”. Os empresários terão de comparecer a todos os atos do processo, inclusive da investigação, mediante intimação por qualquer meio, inclusive por telefone.

Eles estão obrigados a não deixar a residência por mais de 30 dias sem prévia autorização da Justiça. Não podem mudar de endereço e não podem deixar o país sem prévia autorização judicial. Além disso, não poderão manter contato ou promover “qualquer espécie de intimidação, direta ou indiretamente, contra a testemunha Cíntia Provesi Francisco”.

“Alerto que o descumprimento das medidas ora impostas poderá ensejar a decretação da prisão preventiva dos investigados”, decretou o magistrado da Lava Jato.