Política

Lava Jato reforça pedido de condenação de Lula em ação que envolve instituto

Em alegações finais, Ministério Público Federal sustenta em 408 páginas que ex-presidente foi contemplado com vantagens ilícitas da empreiteira Odebrecht no montante de R$ 12,5 milhões

Lava Jato reforça pedido de condenação de Lula em ação que envolve instituto Lava Jato reforça pedido de condenação de Lula em ação que envolve instituto Lava Jato reforça pedido de condenação de Lula em ação que envolve instituto Lava Jato reforça pedido de condenação de Lula em ação que envolve instituto
Foto: Estadão Conteúdo
Foto: Estadão Conteúdo

O Ministério Público Federal reiterou em alegações finais nesta quinta-feira, 4, pedido pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal sobre supostas propinas da empreiteira Odebrecht, que incluiriam um terreno de R$ 12 milhões que abrigaria o Instituto Lula e uma cobertura vizinha à residência do petista, de R$ 504 mil, em São Bernardo. A Operação Lava Jato pede que o petista seja condenado por nove atos de corrupção passiva e por sete atos de lavagem de dinheiro.

Lula está preso desde abril em Curitiba, base da Operação Lava Jato. O petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso triplex.

A Procuradoria da República, no Paraná, pede ainda a condenação do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil, Governos Lula e Dilma), seu braço direito Branislav Kontic, os empresários Marcelo Odebrecht e Paulo Melo, da Odebrecht, Demerval de Souza Gusmão Filho, o engenheiro Glaucos da Costamarques e o advogado Roberto Teixeira.

No documento de 408 páginas, o Ministério Público Federal cobra de Lula R$ 75.434.399,44. O montante corresponde “ao valor total da porcentagem da propina paga pelo Grupo Odebrecht em razão das contratações dos Consórcios Conpar, Refinaria Abreu e Lima, Terraplanagem Comperj, Odebei Plangás, Odebrei Flare, Odetech e Rio Paraguaçu”.

As alegações finais dedicam 86 páginas para “a atuação de Lula no exercício da Presidência da República”. Em um dos trechos, os procuradores afirmam que Lula “foi o principal responsável pelo esquema de macrocorrupção estabelecido na Administração Pública Federal, destacadamente a distribuição das Diretorias da Petrobrás, com vistas à arrecadação de propinas, em benefício do enriquecimento de agentes públicos, da perpetuação criminosa no poder e da compra de apoio político de agremiações a fim de garantir a fidelidade destas ao governo federal”.