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Lewandowski assina resolução que estabelece cotas para negros no STF

Lewandowski assina resolução que estabelece cotas para negros no STF Lewandowski assina resolução que estabelece cotas para negros no STF Lewandowski assina resolução que estabelece cotas para negros no STF Lewandowski assina resolução que estabelece cotas para negros no STF

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, assinou nesta quarta-feira (18) uma resolução que estabelece cotas para negros nos concursos para a Corte e para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A norma prevê reserva de 20% das vagas nos concursos públicos nas duas instituições. O texto é uma regulamentação no Supremo e no CNJ da lei 12.990, de 2014, que estabeleceu as cotas nos concursos públicos na administração federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

Durante a solenidade, Lewandowski afirmou que o próximo passo é que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) delibere sobre o assunto para estender a política de reserva de vagas em concursos públicos a todo o Judiciário. Por presidir a Suprema Corte, Lewandowski também está à frente no CNJ.

“O que o Supremo Tribunal Federal faz hoje é um primeiro passo, mas que em breve deverá ser estendido, por meio de decisão do Conselho Nacional de Justiça, para toda a magistratura”, afirmou. O presidente destacou ainda que, segundo dados do último censo realizado pelo IBGE, em toda a magistratura brasileira figura fatia de apenas 1,4% de negros.

Participaram da solenidade de assinatura das resoluções as ministras da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, e da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti; além de parlamentares, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Furtado Coêlho. Também estiveram presentes representantes do Unicef, Instituto Afro-Brasileiro e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Ao final do evento o ministro Benedito Gonçalves elogiou a iniciativa e disse que a partir dessa decisão do Supremo, tribunais superiores como o STJ e o Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A resolução prevê que as cotas serão aplicadas sempre que o número de vagas for superior a três. Além disso, os editais deverão especificar o total de vagas correspondentes à reserva para cada cargo oferecido. Para concorrer a vagas reservadas é preciso que os candidatos se declarem negros ou pardos ao fazer a inscrição para o concurso público.